Com o regresso às aulas à porta, mais de metade das famílias portuguesas confessou que antecipa gastar entre 50 e 150 euros em material escolar por cada filho. As conclusões são de um estudo da empresa ConsumerChoice, que analisou a gestão dos custos associados à escola.

"A maioria dos inquiridos afirma ter filhos em idade escolar, sendo que 63% tem apenas um filho e 32% tem dois. Este ano, por filho, 61% dos entrevistados espera gastar entre 50 euros e 150 euros com material escolar", começou por elencar a entidade, em comunicado.

Por seu turno, 17% previu ter despesas entre 150 euros e 200 euros, ao passo que 14% apontou para mais de 200 euros em gastos. Além disso, apenas 8% estimou gastar menos do que 50 euros.

Quando comparado com anos anteriores, 44% dos inquiridos esperou gastar o mesmo valor este ano, enquanto 41% considerou que gastará mais, e 8% ambicionou diminuir os gastos.

"Para conseguir reduzir estes custos, os consumidores revelam que as estratégias utilizadas incluem aproveitar as promoções ou saldos (42%) e reutilizar o material do ano anterior (36%). Outros métodos passam por utilizar material antigo de familiares ou amigos (14%), comprar material em segunda mão (8%) e comprar papelaria na escola (0,21%). No que diz respeito aos artigos mais reutilizados, estes são: mochilas (20%), estojos (19%), calculadoras (17%) e canetas e lápis (17%)", lê-se.

Quanto à inquietação com os gastos, 46% dos inquiridos confessou estar preocupado, enquanto 24% manifestou indiferença e 21% disse estar tranquilo. Para fazerem face às despesas associadas ao regresso às aulas, as famílias planearam "reduzir os gastos em viagens e férias (26%), entretenimento (21%) e restauração (20%)". Ainda assim, e perante os anos anteriores, 50% dos indivíduos considerou que o nível de stress relacionado com os gastos escolares foi igual, 39% disse estar mais stressado e 12% confessou sentir-se mais tranquilo.

"Nos últimos anos, a maioria dos consumidores sente que os custos com material escolar aumentaram, sendo que 22% aponta para a existência de um crescimento significativo e 52% um aumento ligeiro. 17% acredita que os custos permaneceram os mesmos, enquanto 7% notaram uma pequena diminuição", apontou a nota.

De facto, 47% dos inquiridos argumentou que, antes da pandemia, gastava-se muito menos com material escolar, e 20% disse que gastava apenas um pouco menos. De qualquer modo, 15% considerou que despendia do mesmo valor e 13% admitiu que gastava um pouco mais.

Por fim, 52% dos consumidores disse que tem sido mais difícil gerir os custos de material escolar, mas 33% disse ser igual.

Quanto ao futuro, 57% dos inquirido estimou que ocorrerá um aumento contínuo dos custos com material escolar, 24% antecipou estabilidade, 13% previu uma redução dos custos e 6% teve dificuldade em prever.

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