O primeiro-ministro, Luís Montenegro, apelou, esta sexta-feira, aos partidos da oposição para que assentassem "bem os pés no chão", uma vez que "Portugal precisa de ter um Orçamento do Estado para 2025 (OE2025)", por forma a "não só criar mais riqueza, como reter e dar oportunidades a mais quadros de trabalhadores".
"Portugal precisa de ter um OE. Portugal precisa de concretizar todos os projetos, que são muitos, que estão em curso no âmbito do PRR, que tem um calendário que não pode ser ultrapassado, sob pena de perdermos essa fonte de financiamento", disse Montenegro, em declarações aos jornalistas.
O chefe do Governo foi mais longe, tendo apontando que, além da recuperação da economia, o seu Executivo ambiciona "não só criar mais riqueza, como reter e dar oportunidades a mais quadros de trabalhadores".
Confrontado com a sua ausência na reunião negocial marcada para a próxima terça-feira, o primeiro-ministro recordou que tem tido "ocasião de conversar com os líderes partidários, desde logo na Assembleia da República", havendo "muitas oportunidades de dialogar".
"Vamos assentar bem os pés no chão. Queremos ou não queremos trabalhar para Portugal, ou queremos discutir minudências e pequenas questões, para arranjar pretextos para distrair as pessoas?", questionou.
Confrontado com as acusações proferidas pelo Partido Socialista (PS), que disse que os elementos pedidos "ainda não foram disponibilizados", Montenegro assegurou que "o Governo está empenhado em poder ter um diálogo sério e leal com todas as forças partidárias", pelo que "na base desse diálogo está a partilha de informação".
"Temos dado resposta ao que nos tem sido solicitado. É natural que possa haver neste percurso muitas oportunidades, quer de troca de informação, quer de opinião. Por isso mesmo, estão já agendadas reuniões para a próxima terça-feira na AR entre três membros do Governo e todas as delegações partidárias que aceitarem, naturalmente, o nosso repto para uma segunda reunião", disse.
O chefe do Executivo complementou que "não faltam ocasiões para quer do ponto de vista documental, quer do ponto de vista negocial se possam trocar opiniões", antes de atirar que "seguramente que este Governo apresentará mais elementos do que os Governos anteriores apresentavam às oposições".
"Sinceramente, arranjar pretextos para estar aqui a distrair as pessoas com detalhes... [...] Os portugueses não querem birras", lançou.
[Notícia atualizada às 19h29]
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