Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones ganhou 1,20%, o tecnológico Nasdaq avançou 1,16%, assim como o alargado S&P 500.
"Até agora, o mercado já vendeu o suficiente", realçou Kim Forrest, da Bokeh Capital Partners.
O Nasdaq manteve-se assim na sua pior semana desde junho de 2022, e o S&P 500 na sua pior semana desde março de 2023.
O relatório de emprego dos EUA divulgado na sexta-feira acrescentou mais um toque negativo, reportando menos criação de emprego do que o esperado.
Mas se "o mercado de trabalho e a economia perderam dinamismo, o que é desagradável, (...) uma recessão não parece iminente", frisaram os analistas da Oxford Economics.
Depois de um fim de semana de digestão, a bolsa nova-iorquina voltou aos trilhos.
O índice VIX, que mede a ansiedade dos investidores, caiu hoje 13%, enquanto o petróleo e as matérias-primas em geral subiram.
As partes interessadas sentiram-se encorajadas e afastaram-se dos títulos, procurados na sexta-feira por serem considerados um porto seguro.
O rendimento dos títulos do governo dos EUA a 2 anos atingiu 3,68%, em comparação com 3,65% no fecho de sexta-feira. O preço dos títulos move-se na direção oposta à sua taxa.
Muitas das ações mais voláteis do mercado saltaram, como a "mineradora" (criadora de criptomoedas) Marathon Digital Holdings (+9,35%) ou o grupo de media de Donald Trump TMTG (+5,50%).
Este último beneficiou também de novas sondagens mais favoráveis ao antigo chefe de Estado e recandidato à Casa Branca, mostrando-o agora lado a lado com a candidata democrata Kamala Harris.
Atingidos na semana passada, os fabricantes de microprocessadores Nvidia (+3,54%), Super Micro (+6,06%) e Marvell Technology (+4,12%) ganharam terreno.
"O cenário de uma economia que abranda, mas não muito, ao mesmo tempo que a inflação diminui, parecia quase impossível de manter e, no entanto, aqui estamos nós", descreveu Kim Forrest.
Wall Street espera o índice de preços no consumidor IPC esta semana, na quarta-feira, o índice de preços no produtor (IPP), na quinta-feira, e, na sexta-feira, o inquérito mensal da Universidade de Michigan sobre o sentimento do consumidor.
Noutras partes da bolsa, a Apple (+0,04%) não reagiu à apresentação do iPhone 16, o primeiro a integrar o seu novo sistema generativo de inteligência artificial (IA) com, no centro deste, uma versão atualizada do assistente Siri.
Angelo Zino, da CFRA, disse estar desapontado com a ausência de aumento de preço para as versões mais topo de gama do smartphone "e com a falta de detalhes sobre a implementação da IA".
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