"Nós temos um problema grave na área dos combustíveis que é a fiscalidade, o excesso de carga fiscal nos combustíveis. Além dos combustíveis líquidos de que todos falamos, eu represento também o setor das garrafas de gás e, em minha opinião, é um pouco indigno o que se passa agora", afirmou João Durão, em declarações à agência Lusa, à margem da conferência "Fiscalização e Prevenção no Setor Energético", organizada pela Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE), em Lisboa.
O responsável apontou que, atualmente, numa garrafa de gás doméstico de 30 euros, cerca de nove euros correspondem a impostos e, no caso dos combustíveis líquidos, num euro, 60 cêntimos são taxas.
"Eu provava a este Governo e aos anteriores que se baixássemos os impostos na área dos combustíveis, se calhar o Estado ainda ia arrecadar mais impostos, porque as empresas de camiões e o consumidor final deixavam de ir a Espanha", disse o presidente da Anarec.
João Durão criticou ainda o Governo pela falta de diálogo com os operadores e adiantou que ainda não foi recebido pela secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, apesar dos vários pedidos feitos desde maio.
"Eu acho que tinha de haver muito mais diálogo entre os operadores e quem nos dirige, quem nos governa", vincou.
O Governo tem de entregar até ao dia 10 de outubro no parlamento a proposta do OE2025.
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