Wall Street fecha sem rumo e hesita perante aumento das taxas das obrigações

A bolsa nova-iorquina terminou hoje sem rumo, ainda hesitante após uma clara aceleração das taxas das obrigações do Tesouro, apesar do clima do mercado se manter positivo.

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Lusa
22/10/2024 22:36 ‧ 22/10/2024 por Lusa

Economia

Bolsas

Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones (-0,02%) e o índice mais abrangente S&P 500 (-0,05%) terminaram perto do equilíbrio, enquanto o tecnológico Nasdaq ganhou 0,18%.

 

"Há uma tensão entre, por um lado, o facto de que quando as taxas sobem, isso torna as obrigações mais atrativas e, por outro, o sinal que isso envia de uma economia que está a correr melhor do que o esperado", frisou Tom Cahill da Ventura Wealth Management.

O rendimento dos títulos do governo dos EUA a 10 anos subiu para 4,22%, a primeira vez em quase três meses.

Esta tensão deve-se à firmeza de vários membros do banco central americano (Fed), bem como à saúde da economia americana.

Os rendimentos dos títulos movem-se no sentido oposto aos seus preços.

Explica-se também pela aproximação das eleições presidenciais de 05 de novembro, com muitos investidores a perspetivarem uma vitória do candidato republicano Donald Trump sobre a democrata Kamala Harris.

Contudo, o programa do ex-presidente inclui medidas que, segundo diversas avaliações independentes, deverão inflacionar ainda mais o défice orçamental.

Esta perspetiva sugere que os Estados Unidos terão de pagar mais aos investidores que comprem a sua dívida, o que aumentará as taxas das obrigações.

Para Tom Cahill, os resultados empresariais desempenham um papel reduzido, por enquanto, na direção do mercado de Nova Iorque.

"Ainda é cedo para formar uma opinião. Ainda temos de esperar duas semanas", destacou.

"O mercado está taciturno e pouco movimentado", observou, por sua vez, Art Hogan, da B. Riley Wealth Management, apontando para "uma pausa".

No mercado bolsista, a General Motors (+9,81%) foi aclamada após ter reportado resultados melhores do que o projetado pelos analistas e elevado os seus objetivos anuais.

Apesar de também ter superado as expectativas em termos de lucro e aumentado as suas previsões anuais, o grupo de defesa Lockheed Martin foi penalizado (-6,81%) por ter falhado a meta do volume de negócios.

A empresa Bethesda (Maryland) sofreu por não ter fechado no terceiro trimestre um acordo com o governo norte-americano relativo à compra de caças F-35, tendo as negociações continuado sem prazo específico.

A GE Aerospace (-9,05%) também superou as projeções de Wall Street e aumentou as suas metas, mas as operadoras puniram-na devido a problemas persistentes na sua cadeia de fornecimento.

A empresa de tabaco Philip Morris International teve um salto (+10,47%) depois de ter reportado resultados melhores do que o esperado, ajudada pela sua reorientação para as saquetas de nicotina Zyn e produtos de tabaco aquecido.

O grupo Walgreens Boots Alliance (-6,89%) sofreu com o anúncio da Amazon, que pretende abrir novas farmácias nos Estados Unidos, entrando em concorrência direta com as cadeias tradicionais.

Leia Também: Wall Street recua e principais índices perdem na abertura

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