"Em 2024, vamos bater novos recordes no número de passageiros, [...] em 2023, mesmo com as greves, tivemos um crescimento elevado no número de passageiros, que continua a existir agora, antes até da implementação deste passe", afirmou Pedro Moreira, em audição na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação.
O responsável adiantou que desde a entrada em vigor no Passe Ferroviário Verde, na segunda-feira, foram vendidos 3.354 passes e foram feitas cerca de 1.500 reservas de lugar nos intercidades, o que considerou "uma boa adesão".
Questionado sobre se considera suficiente a compensação de 19 milhões de euros que a empresa deverá receber, por perdas de receita devido ao novo passe, Pedro Moreira explicou que há mecanismos previstos no contrato de prestação de serviço público que permite acertos, no caso de a compensação não ser suficiente.
"A CP é sempre ressarcida quando existem outros custos adicionais", garantiu.
Já quanto à capacidade de responder ao aumento de procura, o presidente da transportadora disse que, enquanto não tiver comboios novos, a empresa vai continuar a trabalhar na reposição de mais material circulante recuperado.
A CP já pediu o levantamento do efeito suspensivo da impugnação ao concurso para a compra de 117 comboios, ganho pela francesa Alstom, mas admitiu que a ação da transportadora neste tema "é muito limitada".
"Face à legislação que temos em vigor, é muito fácil encontrar formas de avançar com impugnações", lamentou o responsável.
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