"Não podemos dizer que estamos satisfeitos com o retorno económico" do 5G
O administrador da NOS Manuel Ramalho Eanes afirmou hoje que a operadora não está satisfeita com o "retorno económico do 5G" até agora, uma situação que não é apenas portuguesa, e destacou a posição de liderança conquistada.
© Global Imagens/Reinaldo Rodrigues
Economia Manuel Ramalho Eanes
Manuel Ramalho Eanes falava num encontro com jornalistas, no Parque das Nações, em Lisboa, para assinalar os três anos da NOS ter sido a primeira operadora a lançar a rede 5G em Portugal e para anunciar o lançamento do 5G+ (5G standalone) no país, em que a tecnologia passa a funcionar de forma independente do 4G.
"Não podemos dizer que estamos satisfeitos com o retorno económico do 5G à data de hoje, estamos muito satisfeitos com o que conseguimos, estamos muito satisfeitos com a posição de liderança que conquistámos", bem como "o termos crescido" e "liderar a qualidade da rede em Portugal", disse Manuel Ramalho Eanes.
Em suma, "estamos satisfeitos por termos desenvolvido o maior de projetos neste domínio", prosseguiu.
A NOS investiu 420 milhões de euros no 5G.
"Se formos à procura destes 420 milhões em receitas específicas de soluções 5G não vamos encontrá-las, atualmente continuamos à procura com muita energia desse retorno", acrescentou o administrador, que adiantou que na perspetiva da NOS, essa falta de retorno económico "não é uma coisa portuguesa".
Esse retorno não está a ser encontrado em outros países da Europa.
Questionado se tem a expectativa de quando é que pode alcançar esse retorno, Manuel Ramalho Eanes explicou que tipicamente há oito anos em cada janela tecnológica para atingir isso até à tecnologia seguinte.
"Ainda temos mais cinco", acrescentou, uma vez que o 5G cumpre agora três anos.
Questionado sobre o facto de o regulador, no passado, ter sugerido que os três operadores fizessem sinergias para que o investimento em 5G não fosse apenas só de um, o administrador respondeu: "Teria sido uma melhor opção terem-se criado condições sérias de investimento para os operadores".
Isto "porque é melhor para o país ter uma ou várias infraestruturas de última geração" capazes de servir famílias e empresas do que "não ter necessariamente procurado isso como resultado deste processo", rematou.
De acordo com a NOS, o 5G+ "tem como base uma arquitetura de rede mais avançada, tanto na rede core/serviços como na rede de acesso" e "abre uma nova página na capacidade de desenvolvimento e implementação de serviços com características diferenciadoras como a latência ultra baixa, garantia de qualidade de serviço orientada às diferentes aplicações (vulgo 'network slicing'), maior eficiência energética e a capacidade de suportar de forma massiva equipamentos IoT, entre outros".
O administrador da NOS com o pelouro da tecnologia, Jorge Graça, adiantou que o 'standalone' 5G "é para a rede toda".
Hoje "fica disponível para os tarifários ilimitados" e os terminais compatíveis neste momento são os da Xiaomi e Samsung, mas depois até final do ano vai haver mais marcas, acrescenta.
Jorge Graça adiantou que no programa 5G da NOS trabalham "à volta de 100 pessoas".
Por sua vez, Manuel Ramalho Eanes disse hoje que a operadora conta hoje com "mais de 600 projetos 5G implementados" e que a tecnologia "tem um potencial muito grande" que é preciso explorar.
A NOS cobre hoje 99,1% da população portuguesa e conta com 4,710 antenas móveis 5G.
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