Bolsas europeias em alta, à espera da decisão sobre taxas de juro nos EUA
As principais bolsas europeias estavam hoje em alta, numa sessão em que depois das eleições presidenciais, os EUA voltam a estar no centro das atenções, neste caso por causa da decisão sobre as taxas de juro.
© Reuters
Economia mercados
Às 09h10 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a avançar 0,35% para 508,48 pontos.
As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt subiam 0,03%, 0,19% e 1,12%, respetivamente, enquanto as de Madrid e Milão se valorizavam 0,50% e 0,76%.
A bolsa de Lisboa mantinha a tendência da abertura e às 09h10 o principal índice, o PSI, avançava 0,39% para 6.358,80 pontos.
As bolsas europeias registavam ganhos ligeiros, numa tentativa de acalmar e recuperar das quedas de quarta-feira em resposta à vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais de terça-feira.
O resultado das eleições norte-americanas, em que venceu o candidato republicano e antigo presidente Donald Trump, provocou na quarta-feira fortes movimentos em todas as praças financeiras mundiais.
Enquanto os mercados europeus caíram fortemente, sobretudo em Madrid, as bolsas norte-americanas festejaram com fortes subidas, que levaram os principais índices a fechar o dia em novos máximos históricos.
O índice Dow Jones Industrial registou o maior ganho pós-eleitoral em mais de um século, com uma subida de 3,57%, enquanto o índice Nasdaq, que inclui as principais empresas tecnológicas, subiu 2,95%, com um forte ganho de 14,75% da Tesla, fundada por Elon Musk, um aliado de Trump, e o S&P 500 subiu 2,53%.
Os futuros de Wall Street apontam para ligeiras subidas, com o Dow Jones a ganhar 0,11% e o Nasdaq 0,15%.
Passada a 'ressaca' eleitoral, será conhecido hoje o resultado da reunião da Reserva Federal (Fed) sobre as taxas de juro.
O Banco de Inglaterra (BoE) também tomará uma decisão sobre esta matéria.
Em ambos os casos, espera-se que os comités reduzam as suas taxas de juro de referência em 25 pontos base.
Além de tudo isto, continuam a ser apresentados os resultados das empresas, incluindo a Telefónica em Espanha, que registou um lucro de 989 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, menos 21,7% do que no mesmo período de 2023.
A Amadeus ganhou entre janeiro e setembro 992,1 milhões de euros, mais 17,8% do que no mesmo período do ano anterior.
Na Ásia, o índice Nikkei, principal indicador da Bolsa de Tóquio, encerrou hoje com uma ligeira descida de 0,25%, num dia sem incentivos claros e marcado pela realização de lucros dos investidores após a vitória de Trump.
Na China, o valor do comércio entre o país e o resto do mundo, denominado em yuan, subiu 4,6% em termos homólogos em outubro, apesar de um declínio nas importações, de acordo com dados oficiais divulgados hoje pela administração geral das alfândegas da China.
Nas matérias-primas, depois dos preços do petróleo terem caído 1,8% na quarta-feira, o barril de petróleo Brent para entrega em janeiro de 2025 abriu hoje a subir ligeiramente, a cotar-se a 74,95 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, contra 74,92 dólares na quarta-feira.
O crude de referência nos EUA West Texas Intermediate (WTI) subia 0,28%, para 71,67 dólares por barril, antes da abertura oficial do mercado.
O preço da onça de ouro estava abaixo de 2.700 dólares, a cotar-se a 2.669,9.
Os juros da obrigação a 10 anos da Alemanha, considerada a mais segura da Europa, subiam para 2,442%, contra 2,404% na sessão anterior.
A nível cambial, o euro abriu em alta, mas a cotar-se a 1,0768 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, contra 1,0727 dólares na quarta-feira.
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