Privatização da TAP e novo aeroporto? Pinto Luz faz ponto da situação
O ministro assegurou que, "seja qual for o modelo final da privatização", o Governo garante que "a marca TAP vai manter-se"
© Maria João Gala/Global Imagens
Economia Aeroporto
O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, garantiu, na audição na especialidade da proposta de Orçamento de Estado para 2025 (OE2025), que a reprivatização da TAP avançará em 2025 e que a reputação da companhia aérea "é sólida". O governante disse ainda não ter qualquer dúvida que o novo aeroporto será construído no Campo de Tiro de Alcochete.
"Nós não temos dúvidas absolutamente nenhumas [que o novo aeroporto será em Alcochete]. Se há processo que, do meu ponto de vista, deve criar escola para o futuro é o da escolha da nova localização, [...] este processo foi absolutamente exemplar, daí o consenso à volta dele", afirmou, na Assembleia da República.
O governante respondia a questões do partido de extrema-direita Chega, que levantou dúvidas quanto à disponibilidade da concessionária, a ANA/Vinci, de transferir parte das suas receitas para o Estado, conforme previsto no contrato de concessão, para ajudar a construir o Aeroporto Luís de Camões.
Já sobre a reprivatização da TAP, o deputado Filipe Melo, do Chega, apontou que o secretário de Estado das Infraestruturas tinha dito que o processo avançava ainda este ano, enquanto o ministro afirmou que será no próximo ano. Miguel Pinto Luz esclareceu, por isso, que o Governo prevê concluir o processo durante 2025.
"Como consta do programa do Governo, daremos início em 2025 ao processo de reprivatização da empresa", disse, tendo dado conta de que para o efeito, o Executivo tem estado a ouvir "todas as partes interessadas".
"Posso assegurar-vos que a reputação da TAP é sólida e tem vindo a reforçar-se", realçou.
O ministro disse ainda que, "seja qual for o modelo final da privatização", o Governo garante que "a marca TAP vai manter-se", as ligações aéreas nacionais e para a diáspora portuguesa não serão reduzidas nem prejudicadas, Lisboa continuará como centro operacional da transportadora aérea e a sede da empresa também manter-se-á na capital.
Além das "reuniões públicas" com os três grupos europeus que já tinham manifestado interesse no negócio - IAG, Air France-KLM e Lufthansa - houve também "manifestações de interesse de outros fundos".
"Foram vários, mais de uma dúzia, dentro e fora da Europa", avançou o governante.
Para Miguel Pinto Luz, isto é um "sinal de que a TAP é, de facto, apetecível" e que o Governo tem de ser criterioso na venda deste bem.
O responsável anunciou ainda que vão ser proibidos os voos do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, durante as 1h00 e as 5h00, após conclusões do grupo de trabalho sobre os voos noturnos.
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