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AMP assume que faturação inicial da rede Unir era feita por estimativa

A primeira-secretária da comissão executiva da Área Metropolitana do Porto (AMP), Ariana Pinho, assumiu numa reunião que a faturação inicial da rede de autocarros Unir era feita por estimativa, sendo agora feita pela bilhética e com base em reclamações.

AMP assume que faturação inicial da rede Unir era feita por estimativa
Notícias ao Minuto

14/11/24 20:34 ‧ Há 3 Horas por Lusa

Economia Unir

De acordo com uma ata de uma reunião da Comissão Executiva de 01 de agosto, consultada hoje pela Lusa, o então secretário metropolitano Tiago Sá Carneiro, que deixou o cargo em outubro, questionou "como estavam a fazer o controlo da faturação da operação Unir".

 

Na resposta, de acordo com a ata, Ariana Pinho afirmou que atualmente "estava a ser efetuada como sempre tinha sido feita, com base na bilhética e com o cruzamento das reclamações" recebidas pela AMP.

No entanto, a responsável assinalou uma "melhoria relativamente ao passado, dado que a faturação era feita inicialmente por estimativa até terem as validações reais efetuadas dadas pela TIP [Transportes Intermodais do Porto]", a gestora da rede de bilhética Andante.

No dia 21 de agosto, a Lusa questionou a AMP se tinha forma de saber, eletronicamente, se os serviços não estão a ser efetuados, tendo fonte oficial da AMP respondido que "a AMP monitoriza as falhas de serviço das quais recebe informação através de diversas fontes".

Fonte oficial da AMP respondeu ainda que "as falhas de serviço são da responsabilidade dos operadores e, ao contrário do que sucedia antes da entrada da operação Unir, estão enquadradas contratualmente resultando, designadamente, no não pagamento das viagens não realizadas".

À data, na sequência das respostas, a Lusa questionou adicionalmente, em 22 e 27 de agosto, que fontes de informação eram utilizadas pela AMP para aferir a execução do serviço, e como podia a AMP verificar a veracidade da informação relativa a queixas, mas nunca obteve respostas.

A rede Unir começou a operar em toda a AMP no feriado de 01 de dezembro de 2023, tendo o seu primeiro 'teste de fogo' na segunda-feira seguinte, 04 de dezembro.

A nova rede de 439 linhas e nova imagem substituiu os cerca de 30 antigos operadores privados rodoviários na AMP, e ao longo do primeiro ano de operação foi alvo de muitas críticas dos passageiros, especialmente a sul do rio Douro.

No lote Norte Nascente (Santo Tirso/Valongo/Paredes/Gondomar) opera a Nex Continental Holdings, no Norte Poente (Póvoa de Varzim/Vila do Conde), a Porto Mobilidade, no Norte Centro (Maia/Matosinhos/Trofa) a Vianorbus, no Sul Poente (Vila Nova de Gaia e Espinho) a Transportes Beira Douro e no Sul Nascente (Santa Maria da Feira/São João da Madeira/Arouca/Oliveira de Azeméis/Vale de Cambra) a Xerbus.

Leia Também: Greve da rede Unir em Gaia e Espinho com adesão próxima dos 100%

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