Macau foi o 12.º destino do investimento direto no exterior português, recebendo quase 1,1 mil milhões de euros em 2023, enquanto o interior da China recebeu 55 milhões de euros, indicou na segunda-feira Alexandre Leitão, num evento da delegação de Macau da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa no Club Lusitano, em Hong Kong.
O investimento português foi realizado sobretudo em áreas como a farmacêutica, banca, finanças, seguros e produtos alimentares, acrescentou o diplomata.
Na ocasião, o cônsul-geral de Portugal para Macau e Hong Kong reconheceu a importância deste investimento, embora tenha realçado a necessidade de Lisboa expandir a atividade comercial além Macau.
"Macau é uma plataforma e base fundamentais, mas temos de olhar além das suas fronteiras", afirmou, chamando ainda a atenção para o potencial do comércio através de Hong Kong.
"O volume de comércio, quer em importações, quer em exportações, está atualmente muito aquém do que poderia ser", referiu, citado pelo portal em língua inglesa.
As relações comerciais luso-chinesas têm registado uma evolução "bastante interessante" ao longo dos últimos dez anos, disse, ainda no Club Lusitano, o diretor da Agência para o Investimento e Comércio Externo (AICEP) para Macau e Hong Kong.
"Em 2013 as trocas comerciais atingiram dois mil milhões de euros e dez anos depois, em 2023, o total das trocas comerciais ascendeu a seis mil milhões de euros, o que faz da China o 10.º maior parceiro comercial de bens de Portugal", referiu Bernardo Pinho.
Quanto a Macau, o responsável referiu que as relações comerciais têm vindo a aumentar, com o comércio de mercadorias a crescer 15% em 2023, em termos anuais, com mais de 400 empresas a exportar para a cidade, mas com níveis abaixo dos valores anteriores à pandemia de covid-19.
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