A taxa de inflação homóloga foi de 3,0% em dezembro passado, 0,5 pontos percentuais acima de novembro, fixando-se a variação média de 2024 nos 2,4%, contra 4,3% em 2023, informou hoje o INE.
Com arredondamento a uma casa decimal, a taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC) de dezembro hoje avançada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) confirma o valor da estimativa rápida divulgada em 30 de dezembro de 2024.
Já o indicador de inflação subjacente, que exclui produtos mais voláteis, como alimentos e energia, registou uma variação homóloga de 2,8% em dezembro (2,6% no mês anterior) e uma taxa de variação média em 2024 de 2,5% (5,0% no ano anterior).
De acordo com o INE, "a taxa de variação homóloga do IPC total evidenciou uma relativa estabilidade ao longo do ano [de 2024], registando o valor mínimo de 1,9% em agosto e um máximo de 3,0% em dezembro, o que contrasta com a desaceleração significativa verificada em 2023".
"A diminuição da taxa de variação do IPC entre 2023 e 2024 foi influenciada pelo comportamento da inflação subjacente, que apresentou uma variação média anual de 2,5% (5,0% no ano anterior), e pela desaceleração dos produtos alimentares não transformados, que registaram uma variação média anual de 1,6% (9,5% em 2023)", detalha.
"Inversamente, os produtos energéticos, que apresentaram um contributo negativo em 2023, tiveram um contributo positivo para a taxa de variação média registada em 2024", acrescenta.
No ano passado, observou-se uma diminuição na variação média anual dos preços dos bens e um "ligeiro decréscimo" nos serviços, tendo a variação dos preços dos bens recuado para 1,2% (4,1% em 2023) enquanto a taxa de variação média dos preços dos serviços foi de 4,2% (4,6% no ano anterior).
O instituto estatístico nota que a taxa de variação homóloga do IPC total "evidenciou uma tendência de estabilização ao longo do ano de 2024, observando-se valores muito próximos para a variação média nos dois semestres do ano: 2,5% no primeiro semestre e 2,4% no segundo".
Esta estabilização do IPC refletiu o comportamento da maioria das categorias de produtos, nomeadamente da inflação subjacente, tendo as alterações registadas no índice total refletido "essencialmente o comportamento dos produtos energéticos".
Considerando apenas o mês de dezembro de 2024, o INE detalha que a variação homóloga do agregado relativo aos produtos energéticos aumentou para 4,9% (2,1% no mês precedente) e o índice referente aos produtos alimentares não transformados para 3,4% (variação de 1,9% em novembro).
Em termos mensais, o IPC apresentou uma variação de 0,1% em dezembro, contra -0,2% no mês anterior e -0,4% em dezembro de 2023.
Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou uma taxa de variação média de 2,7% em 2024 (5,3% no ano anterior) e uma taxa de variação homóloga de 3,1% em dezembro, 0,4 pontos percentuais acima de novembro de 2024 e superior em 0,7 pontos percentuais ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em novembro de 2024, esta diferença foi de 0,5 pontos percentuais).
Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 3,0% em dezembro (2,9% em novembro), superior à taxa correspondente para a área do Euro (estimada em 2,8%).
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