Os números finais, que devem ser apresentados em 28 de janeiro, antes da abertura da praça bolsista, contemplam um volume de negócios trimestral de 15,2 mil milhões de dólares e um prejuízo de 5,46 dólares por ação.
Os analistas apontavam para uma faturação de 16,55 mil milhões de dólares e uma perda por ação de 1,55 dólares.
O grupo atribuiu os seus números à greve de mais de 50 dias no outono, perto de Seattle, realizadas por cerca de 33 mil trabalhadores, que paralisou as fábricas dos aparelhos 737, 777/777X, 767 e vários programas militares, e por custos excecionais de 2,8 mil milhões de dólares antes de impostos.
O construtor revelou em meados de janeiro um forte recuo das suas vendas anuais, que caíram em 2024 para o mais baixo desde 2021, com apenas 348 aviões comerciais entregues aos compradores.
Além das turbulências que atravessou no ano passado, a Boeing sofreu vários problemas associados à qualidade de produção, que, aliás, já vinham do ano anterior.
Mas um incidente em janeiro de 2024, durante um voo de um 737 MAX 9 novíssimo, propulsionou o grupo para uma crise existencial, que o obrigou a um aumento de capital gigante, de pelo menos 21 mil milhões de dólares em outubro, e a despedir 10% dos trabalhadores à escala mundial.
No final de 2023, o grupo empregava 171 mil pessoas.
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