Ao divulgar as contas do setor, o INE assinalou que o Valor Acrescentado Bruto (VAB) dos bens e serviços ambientais representou 3,9% do VAB da economia portuguesa naquele ano.
De acordo com o INE, o setor representou 4,0% do emprego na economia portuguesa, em 2022.
"As atividades de gestão dos recursos energéticos foram responsáveis por mais de metade (52,4%) do VAB deste setor, designadamente a poupança e gestão do calor e da energia, que passou a contabilizar a construção e renovação de edifícios com necessidades quase nulas de energia", destacou o INE.
Em 2021, o último ano com informação disponível para a União Europeia, Portugal manteve a quinta posição entre os Estados-Membro com maior peso das exportações de bens e serviços ambientais no total nacional (4,9%).
O INE alertou para a necessidade de prudência nas comparações, tendo em conta que foram introduzidas novas metodologias na análise dos dados mais recentes.
De acordo com os quadros apresentados, o peso da produção de bens e serviços ambientais na economia portuguesa passou de 5,1% em 2021 para 5,6% em 2022, um dos principais indicadores destacados pelo INE na publicação hoje divulgada.
Já nas exportações, o peso deste setor na economia passou de 4,9% (2021) para 4,3% (2022).
As orientações europeias obrigam a que a construção de novos edifícios cumpra determinadas normas legislativas apenas desde o início de 2021. "Adicionalmente, as fontes de informação nacionais têm limitações em 2021 abrangendo apenas a segunda metade do ano", sublinhou o INE, no documento.
Em 2022, a gestão de recursos energéticos foi o domínio mais relevante, segundo o INE. Esta área contribuiu "com mais de metade da produção (57,9%), do VAB (52,4%), das exportações (54,4%) e do emprego (52,3%) do setor".
Para o VAB deste setor, o INE destacou ainda a gestão dos resíduos (12,0%) e a gestão das águas residuais (7,2%).
"Analisando a relação entre VAB e emprego, é possível verificar que o setor dos bens e serviços ambientais apresentou, em 2022, um valor inferior em 3,0% ao observado na economia nacional", um facto "fortemente influenciado pela contabilização da construção e renovação de edifícios NZEB (necessidades quase nulas de energia) no subdomínio poupança e gestão do calor e da energia", especificou o Instituto.
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