"Isto ultrapassa as expectativas", disse Mishustin durante uma reunião com o Presidente russo, Vladimir Putin, divulgada pelo Kremlin.
Os anos de 2023 e 2024 registam os maiores crescimentos desde 2021 e uma recuperação da atividade após a pandemia de covid-19, depois de 2022 ter sido um ano marcado pela recessão na sequência da invasão russa da Ucrânia e do início das sanções impostas a Moscovo por países ocidentais.
A expansão "deve-se principalmente ao crescimento intensivo da indústria transformadora", acrescentou, salientando também que o crescimento do PIB em 2023 foi revisto em alta, de 3,6% para 4,1%.
Depois de quase três anos, o esforço de guerra tornou-se o principal motor da economia russa, que se tornou muito dependente dos investimentos ligados ao complexo militar-industrial.
Em 2024, o orçamento geral de defesa e segurança da Rússia atingiu cerca de 8,7% do PIB, segundo Putin, o que aconteceu pela primeira vez na Rússia desde a queda da União Soviética em 1991.
Mas a economia russa tem sido afetada pela escassez de mão-de-obra, consequência da partida de centenas de milhares de russos para a guerra ou para o estrangeiro, e por uma inflação particularmente elevada.
A taxa de inflação na Rússia acelerou em dezembro e terminou o ano em 9,5%, segundo dados da agência de estatísticas Rosstat divulgados em janeiro.
Para travar a inflação, a taxa de juro diretora do Banco Central da Rússia (BCR) está desde finais de outubro em 21%, um recorde desde 2003 e um obstáculo para o investimento.
As autoridades e os analistas esperam uma forte desaceleração económica em 2025. Um estudo de especialistas do BCR publicado esta semana, aponta para um crescimento de cerca de 1,6% este ano.
Leia Também: Zelensky marca presença em Conferência de Segurança de Munique