Em comunicado assinado pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), Sindicato dos Trabalhadores de Tração do Metropolitano de Lisboa (STTM) e Sindicado dos Trabalhadores do Setor de Serviços (SITESE), os representantes dos trabalhadores "dizem não" à proposta apresentada.
De acordo com as organizações sindicais, a empresa, nas suas propostas, apontou para uma atualização das tabelas salariais de chefias e não chefias em 56,58 euros, além de uma atualização das componentes remuneratórias indexadas à tabela salarial em 3,64%.
É ainda proposta pela empresa uma atualização do subsídio de quilometragem, que consiste em "até 999 km - 0,11 euros, de 1.000 km a 1.499 km -- 0,12 euros, de 1.500 km a 2.999 km -- 0,13 euros e acima de 3.000 km -- 0,14 euros".
Segundo as organizações sindicais, a empresa referiu que a proposta "tem por base as imposições governamentais", considerando os sindicatos que as limitações "têm de ser negociadas entre a empresa e a tutela de forma criativa".
"A esta proposta as organizações sindicais subscritoras dizem não, por a considerarem manifestamente insuficiente", pode ler-se na nota.
Os sindicatos referem, ainda, que existe um conjunto de cláusulas propostas, para revisão do Acordo de Empresa I, "que não tem qualquer implicação remuneratória".
De acordo com o comunicado, a empresa reafirmou, também, "que não existe qualquer intenção de exteriorizar serviços, nomeadamente na área da DMT [Direção de Manutenção] e que faz parte do seu mandato o reforço do Metropolitano de Lisboa, enquanto empresa pública".
As organizações sindicais dão ainda conta do agendamento de duas reuniões de negociação, para 11 de março, relativa ao Regulamento de Carreira e Variáveis, e para 12 de março, relativa ao Acordo de Empresa.
Os trabalhadores do Metro de Lisboa desconvocaram a última greve parcial prevista para 10 de dezembro, após aceitarem uma proposta da empresa para satisfazer as suas reivindicações, nomeadamente "variáveis remuneratórias relativas a 2023 e 2024, bem como regularização de horários".
Na ocasião, a empresa comprometeu-se a iniciar em janeiro o processo negocial sobre o Regulamento de Carreira, nos termos das propostas apresentadas pela empresa e pelas associações sindicais, além de aceitar também negociar sobre as variáveis remuneratórias (trabalho suplementar e feriados) anteriores ao ano de 2023, tendo em vista a obtenção de um acordo até ao final do primeiro trimestre de 2025.
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