"É verdade que se registaram danos pelos atos de furto e vandalismo praticados em determinados pontos da via, mas, a maior verdade - e que a IP não assume - é a de que esta obra já deveria estar pronta há dois anos e não está, por sua responsabilidade e não de outros de identidade incerta", refere a comissão em comunicado.
Apesar da reabertura da linha à circulação de comboios a partir domingo, a comissão alerta que "os comboios a diesel vão manter-se em circulação até 2026 porque a IP não construiu atempadamente a subestação elétrica de Runa, que deverá alimentar de energia elétrica o troço entre Meleças e Caldas da Rainha".
Por isso, a comissão "exige que a modernização da Linha do Oeste, em toda a extensão onde não existe energia elétrica, seja concretizada no mais curto espaço de tempo e colocados em circulação os novos comboios, adquiridos para o efeito".
A Linha do Oeste (Sintra/Figueira da Foz) é reaberta no domingo à circulação de comboios no troço entre as estações de Mira Sintra-Meleças (Sintra) e Malveira (Mafra), no distrito de Lisboa.
"A reposição da circulação ferroviária é garantida após a execução dos trabalhos de substituição, reparação e reabilitação dos equipamentos dos sistemas de sinalização eletrónica que haviam sido alvo de atos de furto e vandalismo, impedindo a exploração comercial da linha", refere a IP em comunicado.
A extensão dos danos incidiu entre as estações de Mira Sintra-Meleças e Sabugo, "obrigando à realização de um significativo conjunto de intervenções não previstas no planeamento inicial da obra, prejudicando os prazos previstos para a reposição da circulação ferroviária".
No âmbito das obras de modernização da Linha do Oeste, em abril de 2024, foi suspensa a circulação ferroviária entre Meleças e Torres Vedras, "para permitir a realização dos trabalhos no túnel da Sapataria", no concelho de Sobral de Monte Agraço.
O prazo para conclusão das empreitadas já teve vários adiamentos.
A IP adiou para o final deste ano a conclusão das obras de modernização e eletrificação na Linha do Oeste (Sintra/Figueira da Foz), devido a sucessivos atrasos na empreitada, para os quais a Comissão para a Defesa da Linha do Oeste tem alertado.
O projeto de modernização da Linha do Oeste está dividido em duas empreitadas, sendo a primeira a de eletrificação e modernização do troço entre Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras, num investimento de 61,7 milhões de euros (ME).
A segunda consiste na modernização e eletrificação do troço entre Torres Vedras e Caldas da Rainha, orçada em 40 ME.
Contudo, o investimento global é de 160 ME, incluindo expropriações.
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