Esta posição surge aquando da entrega do Livro Branco de Defesa que será apresentado pela Comissão em 19 de março e que se realizará em Bruxelas no final de junho, logo após a cimeira da NATO, em que os chefes de Estado e de governo terão de adotar formalmente no Conselho Europeu, visa um novo plano orçamental para fins militares.
Fontes governamentais informaram à agência espanhola EFE que, em termos de financiamento, sem excluir outras opções a curto prazo, o governo espanhol pede que a prioridade seja que o próximo Quadro Financeiro Plurianual inclua os fundos necessários para financiar a segurança e outras prioridades no âmbito do futuro Fundo de Competitividade planeado pela Comissão.
Para além disso, Espanha propõe o reforço da base industrial de defesa europeia, pondo fim à fragmentação e criando economias de escala, mas assegurando que tal seja feito em benefício de todos os Estados-Membros da UE, ou seja, que haja um equilíbrio regional.
O governo espanhol sublinha que este reforço da indústria europeia deve reforçar a competitividade e a autonomia estratégica da Europa através da criação de plataformas conjuntas e da promoção da inovação que incluam também as pequenas e médias empresas.
A posição espanhola baseia-se na premissa de que a segurança é um bem público europeu e que nenhum parceiro da UE pode garantir a sua segurança sozinho, razão pela qual é necessário trabalhar de forma concertada no seio da UE, da NATO e em alianças com países aliados.
Reconhece também que a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia é "uma ameaça atual" e está intimamente ligada à segurança europeia.
A Espanha adota a análise conjunta das ameaças da chamada Bússola Estratégica e defende uma visão abrangente da segurança, de um ponto de vista geográfico, o que implica ter em conta tanto o flanco oriental da UE como a sua vizinhança meridional.
Apela também a que se vá além das questões puramente militares e da definição de capacidades e se abordem outros aspetos da segurança, como a resiliência, a resposta às crises climáticas e o reforço crítico das infraestruturas de transportes e energia.
Ursula von der Leyen disse que apresentará "um plano abrangente sobre a forma de aumentar as nossas capacidades europeias de produção de armas e de defesa", um Livro Branco sobre o setor, que deverá ser apresentado este mês.
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