CIP preocupada com incerteza económica gerada pelos "jogos partidários"

A CIP - Confederação Empresarial de Portugal manifestou hoje "bastante preocupação" face ao atual momento político em Portugal, lamentando a incerteza e a imprevisibilidade geradas na economia pelos "jogos partidários" da classe política.

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Lusa
06/03/2025 13:17 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

Governo/Crise

 

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"Numa altura em que diversos indicadores económicos permaneciam estáveis, favorecendo dessa forma o ambiente de negócios no nosso país, a classe política decide mergulhar-nos numa crise de onde ninguém sairá ileso", afirma o diretor-geral da CIP à Lusa, numa resposta escrita.

Num contexto internacional já "pautado pelas disrupções, deliberações unilaterais, movimentos populistas, guerras comerciais ou políticas protecionistas", Rafael Alves Rocha sustenta que o que o país menos precisava era de "um enquadramento nacional assente na suspeição, nos jogos partidários, na política de terra queimada".

"A incerteza, a desconfiança e a imprevisibilidade são anátemas lançados sobre a economia muito difíceis de ultrapassar no médio longo prazo, mas fáceis de impor da noite para o dia", refere.

Lamentando "que as principais forças políticas não tenham sabido evitar uma crise indesejada pelos portugueses", numa altura em que se "exigia coesão, discernimento e responsabilidade", a CIP espera que a "interrupção seja o mais curta quanto permita o tempo político".

Até porque, enfatiza, "o interregno que viveremos com um Governo limitado na sua capacidade de ação poderá levar ao adiamento de importantes decisões de investimento".

O Presidente da República admitiu na quarta-feira eleições antecipadas em maio, no final de um dia em que o primeiro-ministro anunciou uma moção de confiança - hoje já aprovada em Conselho de Ministros - que tem chumbo prometido dos dois maiores partidos da oposição, PS e Chega, e que deverá ditar a queda do Governo na próxima semana.

O voto de confiança foi avançado por Luís Montenegro no arranque do debate da moção de censura do PCP, que foi rejeitada com a abstenção do PS na Assembleia da República, e em que voltou a garantir que "não foi avençado" nem violou dever de exclusividade com a empresa que tinha com a família, a Spinumviva.

Se a moção for rejeitada na quarta-feira no parlamento, Marcelo convocará de imediato os partidos ao Palácio de Belém "se possível para o dia seguinte e o Conselho de Estado "para dois dias depois", admitindo eleições entre 11 ou 18 de maio.

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