No relatório trimestral de Política Monetária, o Banco Central explica que a redução da expectativa sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, estimado em dezembro, justifica-se porque a economia local desacelerou no quarto trimestre do ano passado, quando registou uma subida de apenas 0,2%.
"A desaceleração foi mais nítida nos setores mais sensíveis ao ciclo económico, no consumo das famílias e na formação bruta de capital fixo", aponta-se no relatório.
O Banco Central brasileiro também destacou que a economia local está a ser impactada pelos juros básicos de 14,25% aplicados no país para conter a inflação.
A estimativa é menor do que a projeção do Governo brasileiro, que espera um crescimento de 2,3% do PIB este ano. Em 2024,. a economia brasileira cresceu 3,4%.
Sobre a inflação, no relatório destaca-se que as "as expectativas dos analistas económicos para a inflação voltaram a piorar para este e para os próximos anos, ficando ainda mais distantes da meta de inflação de 3%".
De acordo com o Banco Central brasileiro, a inflação no país encerrará 2025 em 5,1%, acima da meta de 3%, com tolerância de 1,5% para cima ou para baixo.
"Nas projeções do cenário de referência, a inflação continua acima do limite do intervalo de tolerância ao longo de 2025, começando a cair a partir do quarto trimestre, mas ainda permanecendo acima da meta", apontou o relatório.
Nesse cenário, o órgão projetou que a inflação acumulada em quatro trimestres no Brasil ficará "na faixa de 5,5% a 5,6% nos três primeiros trimestres de 2025, cai para 5,1% no final do ano, 3,7% em 2026 e 3,1% no último período considerado, referente ao terceiro trimestre de 2027".
O Banco Central do Brasil prevê uma inflação de 3,9% no terceiro trimestre de 2026.
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