Já o segundo indicador, o Topix, fechou a cair 2,07% para 2.757,25 pontos.
O índice Nikkei reflete a média não ponderada dos 225 principais valores da bolsa de Tóquio, enquanto o indicador Topix agrupa os valores das 1.600 maiores empresas cotadas.
As ações asiáticas estiveram hoje em queda, sob efeito das preocupações com as tarifas dos EUA impostas ao setor automóvel e recrudescimento da guerra comercial, levando o ouro novos recordes, com os investidores à procura de portos seguros.
Os índices de ações do Japão, Hong Kong e Coreia do Sul e Taiwan, que atingiu o nível mais baixo desde setembro, com as empresas tecnológicas a pesarem na queda, estiveram todos a negociar em baixa.
"As ações permanecem em baixa à medida que as últimas medidas tarifárias são digeridas e os participantes no mercado aguardam nervosamente o anúncio de tarifas recíprocas na próxima semana", escreveu Kyle Rodda, analista de mercado sénior da Capital.com, citado pela Bloomberg.
Trump, que considerou o seu anúncio de 02 de abril sobre os direitos aduaneiros como um "Dia da Libertação", intensificou a sua guerra comercial esta semana, aplicando direitos aduaneiros de 25% a todos os automóveis não fabricados nos EUA. Os direitos recíprocos que deverão ser anunciados na próxima semana serão "muito brandos", disse o presidente.
"Os mercados ainda estão a subavaliar os riscos das tarifas anunciadas", segundo Kaanhari Singh, chefe da estratégia de ativos cruzados do Barclays na Ásia, numa entrevista à Bloomberg TV. "E isso sem contar com o que pode vir em 02 de abril em termos de tarifas recíprocas", acrescentou.
Em declarações hoje na câmara baixa do Parlamento japonês, o primeiro-ministro nipónico, Shigeru Ishiba, afirmou que a tarifa de 25% imposta pela Administração Trump sobre as importações de automóveis pelos EUA terá um impacto "muito grande" na economia japonesa, comprometendo-se a tomar medidas para proteger os empregos.
Ishiba enfatizou a necessidade do Governo considerar medidas para ajudar as empresas japonesas com financiamento, enquanto ainda tenta compreender todo o escopo do impacto na principal indústria do país. "Reconheço que o impacto que isto terá na economia será muito grande", disse Ishiba.
"Também precisamos de considerar medidas de fluxo de caixa para as empresas. Tomaremos todas as medidas possíveis para que isto não afete as indústrias nacionais ou o emprego".
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