"O nosso setor basicamente é exportador de gasolinas para os Estados Unidos e há uma exceção na ordem executiva do Presidente Trump, que não abrange os produtos energéticos e por isso não vamos imediato ser afetados" informou o secretário-geral da EPCOL, António Comprido.
Contudo, António Comprido considera que, apesar das exportações "não serem diretamente afetadas neste momento", a agitação económica "perturba os mercados financeiros" e coloca "pontos de interrogação nos planos de investimento".
O Ministério da Economia reúne-se com associações empresariais de diversos setores entre terça-feira e hoje para avaliar "o impacto e as medidas de mitigação" das tarifas que o Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou há uma semana, de 20% a produtos importados da União Europeia e que acrescem às de 25% sobre os setores automóvel, aço e alumínio.
As novas tarifas de Trump são, segundo o Presidente norte-americano, uma tentativa de fazer crescer a indústria dos Estados Unidos, ao mesmo tempo que punem os países por aquilo que disse serem anos de práticas comerciais desleais.
Segundo a Associação Industrial Portuguesa (AIP), "a estrutura das exportações de bens para os EUA em 2024" foi liderada pela indústria química (inclui farmacêutica), com 24,9%, seguida dos produtos minerais (20,4%), máquinas e aparelhos elétricos (10%), têxteis (8,2%), plástico e borracha (8%), metalúrgica e metalomecânica (5,8%) e madeira (3,9%).
"Os produtos minerais (inclui produtos petrolíferos) tiveram uma quebra homóloga na exportação de 57,6% e a metalomecânica (máquinas e aparelhos) 43,7%", indicou.
Leia Também: Irão diz não querer bomba nuclear, em véspera de negociações com EUA