UE longe de atingir objetivos para produção de microprocessadores

O Tribunal de Contas Europeu (TCE) concluiu que a União Europeia (UE) está longe de alcançar o objetivo de aumentar a produção de microprocessadores que impulsionem as ambições digitais do bloco comunitário, foi hoje anunciado.

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Lusa
28/04/2025 17:33 ‧ ontem por Lusa

Economia

Auditoria

 

 

De acordo com uma auditoria feita pelo TCE à estratégia do bloco comunitário para aumentar o investimento nesta tecnologia e fabricá-la, o tribunal reconhece que "é impossível conseguir uma autonomia total na produção", por causa da "grande complexidade e globalização da cadeia de valor".

No entanto, no que diz respeito à estratégia da Comissão Europeia para diminuir a dependência que os 27 países da UE têm de nações terceiras, "está a avançar", mas "é demasiado lenta" e possivelmente vai falhar o objetivo de atingir pelo menos 20% da produção estabelecido para a chamada "Década Digital".

"O tribunal examinou os progressos realizados na execução e no cumprimento dos prazos das ações definidas no âmbito de cada pilar do pacote estratégico, analisando se estas ações estavam a ser realizadas de forma atempada e coordenada, a fim de permitir alcançar os objetivos da estratégia", dá conta o TCE na auditoria divulgada na tarde de hoje.

O Tribunal de Contas Europeu concluiu que é "pouco provável que o pacote estratégico seja suficiente para estimular o nível de investimento necessário".

Por seu turno, os objetivos estão dependentes "da concorrência mundial e de outros fatores cruciais".

"O tribunal examinou se os investimentos previstos e o financiamento disponível da UE eram suficientes para permitir que a UE atinja o objetivo de aumentar a sua quota de mercado", explicita a auditoria.

Em simultâneo, o TCE "analisou outros aspetos que influenciam a competitividade das empresas da UE no setor dos circuitos integrados, ou seja, as estratégias de apoio à produção de circuitos integrados aplicadas por outras economias mundiais e ainda outros elementos cruciais".

A ambição era "mobilizar, pelo menos, 86 mil milhões de euros durante o período de 2022-2030", mas o TCE concluiu que "é pouco provável que os investimentos a impulsionar pelo pacote estratégico correspondam à escala da indústria".

Esta estratégia da Comissão Europeia, advertiu o tribunal, está a competir com outras medidas mundiais, pelo que não é o único incentivo à produção.

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