Encheu-se de coragem e escreveu ao patrão. Pediu para todos
Tyrel Oates encheu-se de coragem e enviou um e-mail ao patrão, John Stumpf, CEO da Wells Fargo, a pedir um aumento. O e-mail foi enviado a Stumpf e a outros 200 mil empregados da mesma empresa, conta o Charlotte Observer.
© Reuters
Economia Desigualdade
Tyrel Oates trabalha na Wells Fargo há sete anos. No mesmo período, viu os lucros da empresa a subir, viu os dividendos dos acionistas a aumentar e viu o seu patrão, o CEO John G. Stumpf, a ganhar cada vez mais milhões. Isto enquanto ele e os colegas tinham aumentos bem mais modestos.
Esta é a história de um e-mail de um empregado de 30 anos que voltou a trazer à tona o debate sobre a desigualdade nos rendimentos. Oates pede que a empresa seja um exemplo para a América e para o Mundo.
Fazendo primeiro a descrição dos lucros, na ordem de milhares de milhões de dólares da empresa, Oates diz que a Wells Fargo “é uma das, senão mesmo a mais lucrativa empresa na nação neste momento”. Tendo isso em conta, sugere, por que não distribuir parte desses lucros com o resto dos empregados.
Oates argumenta que a Wells Fargo, uma das maiores entidades bancárias dos Estados Unidos, tem cerca de 300 mil empregados. E o que ele propõe é que se retira três mil milhões de dólares, “apenas uma pequena fração” do que a Wells Fargo ganha anualmente, e aumentar todos os empregados em 10 mil dólares.
Este e-mail, que foi enviado ao CEO mas também a colegas da empresa, tem circulado online, está publicado no site Reddit e está a ter atenção mediática numa altura em que o debate sobre a desigualdade, e o impacto que esta tem na classe média, é cada vez mais um assunto.
Oates explica também que em sete anos o seu salário subiu cerca de 15%, dos 13 dólares por hora até aos 15 dólares, fora horas extra. No mesmo ano, Stumpf ganhou quase 14 milhões de dólares, um valor que sobe agora para perto dos 20 milhões de dólares. Na prática, no mesmo período, o empregado passou a ganhar mais 15%, enquanto o CEO passou a ganhar mais 40%.
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