Esforço para superar crise desafiou autoestima "enquanto nação"
O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, disse hoje que o "esforço" dos portugueses para superar a crise e o período da 'troika' foi "muito grande" e desafiou a própria autoestima do país "enquanto nação".
© Global Imagens
Economia Portas
"Este esforço foi muito grande, foi muito partilhado, este esforço desafiou a nossa própria autoestima enquanto nação. Este esforço não teve praticamente ajudas no sentido da sua superação. Foi nosso, foi conquistado, não devemos repetir erros, e devemos preservar uma herança de boas contas, pouco endividamento das gerações futuras (...) e capacidade de deixar a economia respirar", disse Paulo Portas no Estoril.
O governante falava na sessão de encerramento da 13.ª assembleia da AESE, a primeira Business School fundada em Portugal.
"Com realismo", declarou Portas, pode-se dizer que "economicamente Portugal está melhor do que já esteve e, se fizer as escolhas certas, estará melhor daqui a um ano".
Numa intervenção de cerca de 40 minutos, o vice-primeiro-ministro recordou o "problema muito sério" vivido por Portugal em 2011, que motivou o pedido de ajuda externa, problema esse, disse, "simples de descrever: défice a mais e dívida a mais".
"A maior dificuldade que Portugal enfrentou foi ter de ajustar em recessão profunda. Ajustar com recessão cá dentro, em Espanha, e ajustar com uma recessão na zona euro, onde estão alguns dos nossos principais clientes", lembrou.
"Espero ter dado e continuar a dar um contributo relevante para que esta perda da autonomia financeira, que é uma forma de perda da soberania política, tenha acontecido pela terceira e ultima vez no horizonte das nossas vidas", disse ainda, lembrando que Portugal teve já por três vezes memorandos de entendimento com credores externos.
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