Saída da Grécia não será limpa, será uma "saída segura"
Portugal conseguiu deixar o programa de ajustamento económico e financeiro de forma limpa, ou seja, sem um segundo programa, fruto da boa relação com os mercados. Porém, quando se começa a ponderar sobre como será a saída da Grécia, que deverá acontecer no final do ano, há quem defenda que o governo helénico terá dificuldades em conseguir deixar o programa da mesma forma.
© Reuters
Economia Troika
As condições de saída do programa de ajustamento da Grécia já terão começado a ser discutidas entre os responsáveis europeus. De acordo com uma notícia do Jornal de Negócios, diz-se que a saída grega, porém, não ocorrerá como a portuguesa. A ideia é que o governo de Antonis Samaras terá de recorrer a uma linha cautelar.
Os gregos deveriam terminar o seu programa de ajustamento já este ano, mas os responsáveis europeus são da opinião de que “vai continuar a existir algum tipo de relação contratual entre a Grécia e as instituições europeias”, terá afirmado o presidente do grupo de trabalho do Eurogrupo, Thomas Wieser.
Segundo adianta a mesma publicação, a opção para a Grécia deverá passar por um programa cautelar antes do regresso aos mercados, a ser financiado pela parte do dinheiro da troika destinado ao sector bancário, no valor de 11,3 mil milhões de euros. Os responsáveis europeus temem sobretudo que a volatilidade dos mercados penalize os helénicos.
Ainda com as necessidades de financiamento do país por apurar, notícia o jornal grego Kathimerini, citado pelo Jornal de Negócios, que este valor poderá aumentar ou diminuir dependendo da realidade encontrada em janeiro de 2015, estimando-se, para já, que o Governo grego necessite entre 10 e 15 milhões de euros.
"Esta reação (volatilidade nos mercados) mostrou-nos que a perceção é a de que a situação ainda não está estável e que é necessário continuar a trabalhar para que o país tenha acesso total aos mercados", sublinhou Thomas Wieser.
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