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Julgamento do processo principal com sessões marcadas até julho

As datas das sessões do julgamento do processo principal do caso BPN já estão marcadas até às férias judiciais do próximo ano, com os trabalhos a decorrerem no Palácio da Justiça, em Lisboa, todas as terças, quartas e sextas-feiras.

Julgamento do processo principal com sessões marcadas até julho
Notícias ao Minuto

16:15 - 09/11/14 por Lusa

Economia Caso BPN

Até ao momento, foram realizadas 474 sessões de julgamento, contabilizando-se 274 dias de produção de prova, de acordo com a informação recolhida pela agência Lusa nos serviços do tribunal.

Já foram ouvidas mais de 100 testemunhas de acusação, faltando apenas o depoimento de 11 testemunhas chamadas pelo Ministério Público. Entre estas, quatro são advogados que pediram escusa ao abrigo do sigilo profissional, algo que está a ser apreciado pelo Tribunal Constitucional.

As restantes testemunhas de acusação que ainda não foram presentes a tribunal são, na maioria, cidadãos que residem no estrangeiro.

Os restantes são Emanuel Peixoto (informático da Direção de Operações do ex-BPN), que já está a ser ouvido há três sessões, Armando Pinto (ligado à área jurídica do banco), Francisco Comprido (antigo administrador), e Joaquim Nunes (que reside em Angola).

Quanto às testemunhas de defesa, do total de 160 pessoas arroladas, apenas sete já foram ouvidas. Tratam-se das testemunhas chamadas por Ricardo Oliveira, empresário de imobiliário que é acusado dos crimes de burla qualificada e falsificação de documentos.

Entretanto, 24 testemunhas de defesa de José Oliveira Costa, fundador e ex-presidente do Banco Português de Negócios (BPN), já se apresentaram em tribunal. Contudo, vão ter que regressar, já que o advogado de Oliveira Costa alegou na sala de audiências que não se sentia em condições de avançar com a sua inquirição, uma vez que ainda não estão finalizadas as audições da totalidade das testemunhas de acusação.

Este episódio causou mal-estar entre as partes que intervêm no processo, uma vez que o referido advogado, mesmo sem avançar com questões a 22 das 24 testemunhas que chamou e que tinha disponíveis, não prescindiu da sua convocação.

Isto, apesar de ter sido sensibilizado pelo coletivo de juízes para o facto de algumas das pessoas chamadas residirem no estrangeiro ou fora de Lisboa, pelo que não faria sentido chamá-las ao tribunal se não tivesse intenção de as inquirir.

Os seis dias em que a situação se foi repetindo, já que foram chamadas quatro testemunhas por dia, corresponderam a duas semanas em que o processo pouco ou nada avançou, e foi o período de maior tensão entre as partes na sala de audiências neste julgamento que arrancou a 15 de dezembro de 2010.

+++ Lista atualizada (após a extinção das acusações contra a Labicer) dos arguidos do processo principal do caso BPN e respetivas acusações +++

- José de Oliveira Costa (fundador e ex-presidente do BPN):

Abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, infidelidade, aquisição ilícita de ações e fraude fiscal.

- José Vaz de Mascarenhas (ex-presidente do Banco Insular):

Abuso de confiança, falsificação de documentos, burla qualificada.

- Luís Caprichoso (ex-gestor do BPN):

Abuso de confiança, falsificação de documentos, infidelidade, burla qualificada, aquisição ilícita de ações.

- Francisco Sanches (ex-gestor do BPN):

Abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, infidelidade.

- Leonel Mateus (ex-gestor da sociedade que alegadamente criava 'offshores' Plafin):

Abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, infidelidade.

- Luís Almeida (Plafin Contas):

Abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, infidelidade.

- Isabel Cardoso (advogada que alegadamente criou e geriu 'offshores'):

Falsificação de documentos, cúmplice de abuso de confiança e de burla qualificada.

- Telmo Belino Reis (fundador da Labicer):

Abuso de confiança, burla qualificada e fraude fiscal.

- José Monteverde (acionista e devedor do BPN):

Abuso de confiança.

- Ricardo Oliveira (empresário de imobiliário):

Burla qualificada e falsificação de documentos.

- Luís Ferreira Alves (fundador da Labicer):

Fraude fiscal.

- Filipe Baião Nascimento (advogado):

Fraude fiscal e abuso de confiança.

- António Franco (ex-gestor do BPN):

Cúmplice de burla qualificada e falsificação de documentos.

- Rui Costa (Labicer):

Fraude fiscal.

- Hernâni Silva Ferreira (Labicer):

Burla qualificada.

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