Queixas ao Instituto de Seguros caem 7,6% este ano até setembro
As reclamações de segurados ao Instituto de Seguros de Portugal (ISP) baixaram 7,6% este ano, até setembro, face ao mesmo período do ano passado, anunciou hoje o diretor geral de Supervisão Comportamental do ISP, Mário Ribeiro.
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Economia ISP
"A maioria das reclamações foram por recusa ou atraso nos processos dos sinistros", explicou aquele responsável, na apresentação em Lisboa do relatório de atividade do instituto de 2013 sobre regulação e supervisão da conduta de mercado no ano passado.
Os dados de 2013 já mostravam um abrandamento do aumento do número de queixas enviadas por segurados ao ISP, ao crescerem 4% face a 2012, muito abaixo do aumento de 33% das reclamações em 2009 ou de 16% em 2011.
"Esta descida é também reflexo da melhor informação dada por quem vende os seguros, reflexo da formação financeira", comentou à Lusa o presidente do ISP, José Figueiredo Almaça, à margem do encontro.
O relatório indica terem sido analisadas, em 2013, pelo ISP 9.953 reclamações (9.590 em 2012), das quais cerca de 23% apresentadas via Livro de reclamações nos estabelecimentos dos operadores, predominando as reclamações apresentadas diretamente ao ISP, sem passar pelo operador de seguros.
O sinistro - que, nos termos legais, corresponde à verificação, total ou parcial, do evento que desencadeia o acionamento da cobertura prevista no contrato - voltou a ser o tema que origina um maior volume de reclamações, cerca de 70% no ano passado, contra 69% em 2012.
O maior número de reclamações incidiu sobre os ramos Não Vida (88,4%), tal como em anos anteriores, podendo ser reflexo da evolução dos sinistros do ramo automóvel e do "Seguro de incêndio e outros danos", tendo as reclamações relativamente a este último aumentado cerca de 17% face ao ano anterior.
Nos processos encerrados em 2013 cerca de 59% tiveram desfechos desfavoráveis, uma percentagem semelhante à de 2012.
No seu discurso, na cerimónia de apresentação do relatório de atividade do ano passado, o presidente do ISP lembrou que a produção das empresas de seguros sob a supervisão prudencial do Instituto de Seguros de Portugal totalizou 12 400 milhões de euros em 2013, mais 21,2% do que em 2012.
"Para este aumento contribuiu essencialmente o ramo Vida, onde se observou um crescimento expressivo de 34%, enquanto nos ramos Não Vida se registou um decréscimo de 3,6%, destacando-se quebras nos ramos mais importantes: acidentes (menos 8,8%), automóvel (menos 5,9%) e incêndio e outros danos em coisas (menos 1,2%).
José Figueiredo Almaça destacou ainda o resultado líquido do setor: "Assistiu-se a um aumento de 28% entre 2012 e 2013, num total de 670 milhões de euros. Todavia, nos três primeiros trimestres de 2014 esses resultados ascenderam a 167 milhões de euros. Esta significativa redução resulta, por um lado, do comportamento que se tem verificado nos mercados financeiros ao longo deste ano".
O número de ações de supervisão levadas a cabo pelo ISP no ano passado ascendeu a 1.119, traduzindo um aumento de 12,2% face a 2012.
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