"Fui acionista da ESI e graças a Deus saí a tempo"
O antigo presidente do BES Angola (BESA) Álvaro Sobrinho reconheceu hoje, no parlamento, que foi acionista da Espírito Santo International (ESI), 'holding' de topo do GES, mostrando o seu contentamento por ter vendido as ações antes da derrocada.
© Global Imagens
Economia Álvaro Sobrinho
"Fui acionista da ESI e graças a Deus saí a tempo de recuperar o meu dinheiro", lançou o antigo banqueiro angolanos perante as questões que lhe iam sendo colocadas pelos deputados, na reta final da sua audição na comissão de inquérito parlamentar ao caso BES/GES.
"Não tive 'inside information' [informação privilegiada] nenhuma. Tive sorte", garantiu, justificando: "Quando deixei a presidência executiva do BESA informei os membros do GES [Grupo Espírito Santo] que queria sair do grupo, porque precisava do dinheiro para investir noutras coisas".
Pouco depois, Álvaro Sobrinho especificou que a alienação da sua carteira de ações da ESI "foi no início de 2013".
Isto é, alguns meses antes de um relatório da KPMG feito no âmbito de uma auditoria alargada solicitada pelo Banco de Portugal à entidade, destinado a avaliar o grau de exposição do Banco Espírito Santo (BES) ao GES, ter descoberto irregularidades nas contas da 'holding' do GES.
Desde então, a ESI (com sede no Luxemburgo) pediu proteção de credores e, face à recusa das autoridades judiciais, está em curso um processo de insolvência.
A audição de Sobrinho terminou pelas 22:30, cerca de seis horas e meia depois do início dos trabalhos.
A comissão retomará os seus trabalhos na próxima segunda-feira, dia 22, com a audição de dois antigos administradores do BES, Joaquim Goes e Rui Silveira.
Após este dia, os trabalhos da comissão serão interrompidos durante a época festiva do Natal e Ano Novo e retomados a 05 de janeiro de 1015.
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