Confirmada emissão de dívida de 5.500 milhões comprada por britânicos
O ICGP confirmou hoje que colocou no mercado 3.500 milhões em dívida a 10 anos e 2.000 milhões a 30 anos, totalizando os 5.500 milhões de euros, tendo a maioria sido comprada por investidores britânicos.
© DR
Economia Investidor
Em comunicado hoje emitido, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) informa que a taxa de cupão para os títulos a 10 anos foi de 2,875%, ou seja, 210 pontos acima da taxa de mercado, o que representa o valor "mais baixo alguma vez pago" por Portugal nesta maturidade.
Os títulos a 30 anos foram colocados a 282 pontos acima da taxa média do mercado, sendo a taxa de cupão de 4,1%, segundo informação do IGCP.
"Portugal viu uma boa janela para entrar no mercado", refere a agência liderada por Cristina Casalinho, explicando que "beneficiou de um ambiente construtivo e da procura dos investidores".
Ao todo, os títulos de dívida pública portuguesa tiveram uma procura de 14.000 milhões de euros nas duas maturidades: 8.000 milhões para a dívida a 10 anos e 6.000 milhões para a maturidade mais longa, a 30 anos.
Em termos de ofertas, foram registadas 290 ofertas para os títulos a 10 anos e 300 para os títulos a 30 anos, tendo sido registadas 590 ofertas nas duas emissões.
"A dimensão do livro de oferta resultou numa alocação de alta qualidade em termos de tipo de investidor e de diversidade geográfica, nomeadamente fundos de pensões e seguradoras e investidores da Europa Central", refere o IGCP na nota hoje emitida.
Quanto à geografia dos investidores que hoje compraram dívida pública portuguesa, o IGCP adianta que 10,8% dos títulos a 10 anos ficaram em mãos de portugueses e, no caso da dívida a 30 anos, apenas 6,1% foi adquirida por capital português.
A maioria dos títulos a 10 anos foi comprada por investidores do Reino Unido (30,1%), da Alemanha, Áustria e Suíça (15,8%), de Espanha (14,1%) e de outros países europeus (12,5%).
Já em relação aos títulos a 30 anos, os investidores britânicos compraram 36% dos colocados no mercado, os alemães, austríacos e suíços ficaram com 21,9% e os outros países da Europa com 15,8%.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com