Governo quer dar metade dos fundos comunitários às empresas
O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, afirmou esta quarta-feira que o Governo quer direccionar para as empresas "mais de 50%" dos fundos do próximo quadro comunitário de apoio comunitário, elegendo a industrialização e a internacionalização como prioridades.
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Economia QREN
Álvaro Santos Pereira, que falava no âmbito de uma conferência sobre o Quadro Estratégico Europeu 2014-2020, sublinhou que os incentivos às empresas representam apenas um terço dos fundos comunitários e salientou que o objectivo para o próximo QREN "é que as empresas concentrem mais de 50% dos apoios".
O governante assinalou, por outro lado, que as empresas que apresentaram projectos no âmbito dos fundos comunitários, registaram um aumento de mais de 70% das exportações, o que mostra que "o QREN está ao serviço das empresas".
Álvaro Santos Pereira voltou a insistir que o próximo ciclo de fundos comunitários "é uma oportunidade única para inverter os erros do passado", e marca "um período de viragem", sendo encarado como um instrumento para a criação de emprego e uma alavanca para o crescimento económico.
O ministro notou ainda que "o erro de privilegiar as infra-estruturas" foi feito à escala europeia, mas acrescentou que ainda falta concluir a ferrovia em bitola europeia e que Espanha e França ainda precisam de concluir as redes transeuropeias de energia.
"O resto deve ser direccionado para a formação, qualificação e competitividade", reforçou, salientando que os fundos comunitários "têm de estar virados para lançar as bases do crescimento económico".
Re-industrialização, promoção da competitividade, qualificação profissional, atracção de investimento estrangeiro, inovação tecnológica foram apontadas como prioridades do Governo.
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