Grécia vira costas à austeridade mas não às dificuldades
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou hoje que o acordo de sexta-feira com os credores permite à Grécia deixar para trás a austeridade, realçando, porém, que as dificuldades reais estão a chegar.
© Lusa
Economia Tsipras
"Ganhámos uma batalha, mas não a guerra. As dificuldades reais estão chegando", realçou o líder do Syriza, citado pela agência de notícias francesa (AFP), durante uma entrevista televisiva.
Tsipras considerou que, com o compromisso alcançado em Bruxelas, o país terá "deixado para trás a austeridade, o memorando, a 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional)" e que, assim sendo, a Grécia atingiu o seu "objetivo principal".
Uma ideia em que o primeiro-ministro helénico insistiu, ao acrescentar que o Governo que lidera obteve "um grande sucesso", mas que abre "um caminho longo e difícil".
"Herdámos um país à beira da falência, com os cofres vazios, mas frustrámos o plano das forças cegas conservadoras, dentro e fora do país, que queriam sufocar-nos", realçou.
Segundo Tsipras, "a luta longa e difícil" tem agora um outro "horizonte" negocial, que é o mês de junho, quando o acordo extra de financiamento alcançado na sexta-feira expira e a Grécia vai avançar com o seu próprio plano de desenvolvimento.
O compromisso alcançado em Bruxelas na sexta-feira à noite, depois de duras negociações, "dá tempo" à Grécia, assinalou o líder do Syriza.
O Governo grego tem, no entanto, que apresentar até segunda-feira aos seus credores uma lista específica de reformas para que o acordo alcançado com os parceiros europeus seja ratificado.
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