Rússia e Itália anunciam fundo comum de investimento
A Rússia e a Itália criaram um fundo comum de investimento de 1.000 milhões de dólares (908 milhões de euros), anunciou hoje o presidente russo, Vladimir Putin, numa conferência de imprensa com o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi.
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"A Itália ocupa, como antes, um lugar privilegiado entre os parceiros comerciais da Rússia. Os investimentos italianos na Rússia superam os 1.100 milhões de dólares (999 milhões de euros), enquanto os investimentos russos em Itália somam mais de 2.300 milhões de dólares (2.000 milhões de euros)", disse Putin à imprensa, após um encontro com Renzi, de visita a Moscovo.
O primeiro-ministro italiano sublinhou por seu lado que a cooperação entre os dois países "segue o seu curso ativamente, apesar do difícil contexto" de tensão nas relações entre a Rússia e o Ocidente.
"Refiro-me às sanções económicas que, tomem a direção que tomarem, geram problemas importantes para as duas partes", disse Renzi, citado pela agência EFE.
Vladimir Putin afirmou que o setor energético é uma das áreas em que a cooperação entre os dois países é mais significativa, com Itália como um dos maiores consumidores de gás russo.
O presidente russo destacou também a cooperação entre o fabricante de aviões russo Sukhoi e empresas italianas na comercialização do novo avião civil de passageiros russo Superjet 100, lançado no mercado em 2008.
"Existe uma carteira comum de encomendas de 150 aeronaves", disse Putin, acrescentando que os dois países trabalham também na criação de uma empresa conjunta para a produção futura de helicópteros italianos Agusta numa fábrica nos arredores de Moscovo.
As relações entre a Rússia e a União Europeia (UE) atravessam o seu pior momento na sequência da anexação pela Rússia da península ucraniana da Crimeia e da insurgência pró-russa do leste da Ucrânia, que segundo Bruxelas e a generalidade dos países ocidentais é diretamente apoiada por Moscovo com armamento e tropas.
A UE adotou uma série de sanções económicas contra alguns dos principais bancos e empresas estatais russas, ao que a Rússia respondeu com um embargo aos produtos alimentares europeus.
Putin e Renzi apelaram hoje às partes em conflito para respeitarem a trégua acordada a 12 de fevereiro na capital da Bielorrússia, Minsk.
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