Silva Peneda sai e abre-se 'guerra' de sucessão no CES
Silva Peneda vai abandonar a presidência do Conselho Económico e Social para ocupar uma posição como assessor de Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia.
© Global Imagens
Economia Parceiros
Está instalada uma ‘guerra de sucessão’ no Conselho Económico e Social. Parceiros sociais e patrões não se entendem sobre qual o nome que deveria suceder a Silva Peneda. João Proença, ex-sindicalista, divide posições, apesar de ser encarado como um dos mais bem posicionados para assumir o cargo.
A grande questão está no facto de o presidente do CES ser nomeado pelos partidos com maior representação parlamentar – aprovação exige dois terços dos votos dos deputados - , isto numa altura em que o país está cada vez mais próximo de eleições Legislativas, que poderá fazer mudar a cor política na liderança do país.
Esta é, por exemplo, a posição sustentada por João Vieira Lopes, da CCP, que critica uma mudança de fundo em período eleitoral, mas que tem a oposição de António Saraiva (CIP) e de João Machado (CAP) que desejam que seja já encontrada uma solução duradoura, para um período de quatro anos.
João Proença tinha sido anteriormente colocado nesta ‘corrida’ por Carlos Silva, secretário-geral da UGT, que depois de uma reunião com António Costa, já líder do PS, referiu o nome do sindicalista que, relembre-se, teve um papel determinante no último acordo tripartido durante o programa de ajustamento. Porém, a sua figura é vista como demasiado próxima dos sindicatos.
João Proença rejeita o rótulo’ e afirma que “o Presidente do CES pode ter um papel que favoreça o diálogo entre parceiros sociais e Governo, mas é um papel de retaguarda. Assiste às reuniões, pode usar da palavra, mas não apresenta propostas. Se estão à espera de uma pessoa neutra quem vão procurar?”, questiona.
Em cima da mesa, esclarece o Negócios, está agora a possibilidade de ser encontrado uma figura de transição que ocupe o lugar que ficará vago a 1 de maio, com a saída de Silva Peneda, mas o cenário de uma escolha para longo prazo ainda não foi posto de parte.
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