Alto cargo das Finanças envolvido no caso Swissleaks
O nome de uma alta responsável da Inspeção-geral de Finanças foi encontrado nos documentos que fundamentam o caso Swissleaks, avança a TVI.
© Reuters
Economia HSBC
Um dos nomes implicados no caso Swissleaks é o de Filomena Martinho Bacelar, uma chefe de equipa de direção operacional na Inspeção-geral de Finanças, juntamente com dois familiares seus. A história é avançada pela TVI e refere que em causa estão dois milhões de dólares.
A mulher, que ocupava um cargo de topo na instituição que zela pelo cumprimento das operações fiscais do país, é nomeada nos documentos acedidos pela mesma estação de forma incontornável: é referido o seu nome, morada, data e local de nascimento, nome de solteira, contactos, número de passaporte e os números de conta.
Filomena Martinho Bacelar aparece nos documentos juntamente com António Mouteiro da Rocha Bacelar e António Lourenço Bacelar, dois familiares. No total, estes três nomes aglomeram cerca de dois milhões e meio de dólares.
Este dinheiro está ligado a duas offshores: a Pernel Enterprises Limited e a Bordel Investment Holdings Limited. Na ficha de Filomena, é indicado que parte do seu dinheiro está em nome da segunda firma.
A trama adensa-se, indica a TVI, quando se descobre que a Bordel é detentora de uma empresa sediada numa das torres das Amoreiras, em Lisboa – a Search House Imobiliária Unipessoal Limitada. Esta firma é gerida pela advogada Ana Oliveira Bruno, antes ligada ao processo Monte Branco [investigação à maior rede de fraude fiscal e branqueamento de capitais em Portugal].
A causídica sempre negou o envolvimento com o caso. E quando contactada pela TVI, Filomena Martinho Bacelar negou-se a prestar declarações.
O Ministério das Finanças, por seu turno, adianta que se trata de um assunto do foro exclusivamente pessoal e que não tem qualquer relação com a sua atividade profissional ou com a instituição que representa.
Sublinhe-se que a funcionária pública exerceu durante anos, antes de chegar às Finanças, cargos de responsabilidade em empresas públicas, como o Metro do Porto, a Águas de Portugal ou o Hospital de Santarém.
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