Maria Luís deixou pontas soltas. Irá uni-las?
A ministra das Finanças volta hoje a responder perante a comissão de inquérito ao BES, clarificando algumas questões.
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Economia Inquérito BES
Nas três vezes em que foi ouvida no Parlamento a propósito do inquérito ao caso BES, as palavras da ministra das Finanças não convenceram os deputados em alguns tópicos.
Maria Luís Albuquerque volta hoje a ser ouvida, esperando-se que responda a três questões que são encaradas pelo Jornal de Negócios como pontas soltas:
1 – Que impacto se vai sentir, afinal, no Orçamento do Estado com a resolução aplicada ao Banco Espírito Santo? O Tesouro investiu 3.900 milhões de euros, que terão de ser reembolsados. Se a venda não for feita por um valor suficiente, desconhecem-se os moldes em que se fará o reembolso.
O governador do Banco de Portugal admitiu já que possa vir a haver perdas a curto prazo, contudo, Maria Luís Albuquerque insiste que o impacto será inexistente em 2015.
2 – O Executivo insiste que não interveio na medida de resolução e que apenas teve conhecimento de tal após o Banco de Portugal assumir o compromisso com o Banco Central Europeu (BCE). Mas tal exigia a injeção de fundos públicos, pelo que a garantia não convence os deputados.
Além disso, dias antes da resolução, foi alterada, em conselho de ministros, a legislação relativa às medidas de resolução, a pedido do regulador. Maria Luís insiste que se tratou de uma “clarificação” que “não era indispensável”.
3 – Por último, a ministra das Finanças será confrontada com questões relativas ao empréstimo que o Tesouro fez ao fundo de resolução, no valor de 3.900 milhões de euros, e a um outro no valor de 635 milhões, que garantiu o financiamento até os bancos chegarem a acordo. Ainda que o valor tivesse sido devolvido com juros antes do final de agosto, os créditos nunca foram referidos pela governante.
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