"ACP está completamente saudável e recomenda-se"
O atual presidente do Automóvel Club de Portugal (ACP), Carlos Barbosa, que concorre contra Raposo Magalhães nas eleições de quinta-feira, dia 30 de abril, afirma que em termos financeiros o clube está "completamente saudável".
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Economia Carlos Barbosa
Questionado pela Lusa sobre a atual saúde financeira do ACP, que Raposo Magalhães acusa de ser "desastrosa", Carlos Barbosa respondeu que o clube "está completamente saudável e recomenda-se". "Não temos o dinheiro que estava no banco durante a anterior direção, porque gastei 23 milhões de euros para refazer o património do clube. Estava tudo a cair aos bocados", acusou.
De acordo com o presidente, os rácios de autonomia financeira do ACP são atualmente superiores a 50% e o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, deduções e amortizações) são cerca de dois milhões de euros.
Carlos Barbosa acrescentou que "o ACP ganhou dinheiro nos últimos três anos", registando um resultado líquido de 437.000 euros em 2012, 128.000 euros em 2013 e 149.000 euros em 2014. "Se for o lucro consolidado, incluindo empresas do grupo como o ACP Seguros, os resultados são ainda maiores", disse.
Carlos Barbosa, que é presidente do clube desde 2004, vai pela primeira vez concorrer contra outra lista desde que foi eleito, liderada por Raposo Magalhães. A lista B, que o representa, tem como lema "Mais ACP".
Entre as "seis principais medidas" que o atual presidente promete concretizar se ganhar as eleições de dia 30 de abril, está a emissão de cartas de condução no ACP, que "está a ser negociada há dois anos e vai permitir que os associados tenham a carta na hora", afirmou o mesmo responsável, em declarações à Lusa.
"Estamos a ultimar os processos informáticos com o Instituto da Mobilidade e dos Transportes e com o Instituto dos Registos e do Notariado", indicou ainda Carlos Barbosa.
Reabrir o centro de inspeção obrigatória gerido pelo ACP é outra das medidas propostas pela lista B, indicou também o presidente, acrescentando que a direção anterior vendeu o antigo centro do ACP à Brisa.
"Já temos o local e depois das eleições, se vencermos, é só começar a preparar o novo centro, porque vai ser necessário adquirirmos as máquinas", indicou o mesmo responsável.
Abrir mais oficinas ACP em todo o país e fazer parcerias junto das principais escolas de condução em cada distrito, "com o objetivo de que exista um ensino correto nas escolas", são outras duas propostas.
Quanto à venda de património do clube durante os últimos anos, nomeadamente sedes de delegações como em Coimbra, Lisboa e Braga, que Raposo Magalhães acusa de ter sido feita à revelia dos associados, Carlos Barbosa defendeu que "foi vendido património podre para trocar por outro em boas condições", acrescentando que "é mentira" que estas alienações já não tenham de ser aprovadas em assembleia-geral.
O ACP, que foi fundado em 1903 como Real Automóvel Club de Portugal, é uma pessoa coletiva de direito privado e de utilidade pública, e tem como objetivos "a promoção do automobilismo, do motociclismo e de outras modalidades desportivas, bem como do turismo, sobretudo no que respeita à defesa dos interesses dos seus associados", indicam os respetivos estatutos.
Contando com 252.196 sócios no final de 2014, o clube presta atualmente vários serviços aos associados, incluindo nas áreas da assistência em viagem, das apólices de seguro e da assistência médica.
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