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"FMI tem responsabilidade criminal na situação de hoje"

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, desafiou hoje os credores a decidirem se querem "pôr de joelhos" um país ou "assegurar o futuro da Europa", repetindo que o seu governo continua empenhado em chegar a um acordo.

"FMI tem responsabilidade criminal na situação de hoje"
Notícias ao Minuto

15:28 - 16/06/15 por Lusa

Economia Tsipras

"Já é altura de a Europa decidir sobre o futuro, não apenas da Grécia mas da zona euro, se quer pôr um país de joelhos ou assegurar o futuro da Europa", disse Tsipras num discurso perante o grupo parlamentar do Syriza, reunido para avaliar a situação após a interrupção das negociações.

O primeiro-ministro grego criticou duramente o Fundo Monetário Internacional (FMI) e assegurou a todo o parlamento grego, e não apenas o Syriza, de que não vai aceitar a imposição de um modelo que fracassou não só na Europa como em todo o mundo.

"Pedem-nos para adotarmos um acordo que não só não vai resolver o problema como mergulhará a economia na recessão" e afastará qualquer investimento estratégico, disse, citado por agências internacionais.

"Está na altura de as propostas do FMI serem julgadas não apenas por nós, mas especialmente pela Europa", prosseguiu, afirmando que "o FMI tem responsabilidade criminal na situação de hoje".

"Já é altura de os parceiros decidirem e dizerem se querem uma solução ou não. E se querem que o FMI participe na solução, porque aceitam as suas medidas, mas não a renegociação da dívida?", questionou, aludindo às diferenças de abordagem do FMI e dos parceiros da União Europeia (UE).

Nos últimos dias, a Grécia tem atribuído em parte a falta de um acordo às divergências entre as três instituições credoras -- Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI.

O FMI insiste na necessidade de cortes significativos nos salários e pensões, mas admite uma reestruturação da dívida, enquanto as instituições europeias, mais flexíveis quanto à redução da despesa, são inflexíveis relativamente à dívida.

Tsipras insistiu que a Grécia precisa de liquidez e de medidas que ponham fim ao círculo vicioso da recessão.

Para o primeiro-ministro grego, a insistência dos credores em cortes nas pensões correspondentes a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) é, mais do que "um erro", um "plano político" que visa "pôr de joelhos não só o governo como também o povo" grego.

"Trata-se provavelmente de mostrar firmeza para destruir qualquer tentativa de pôr fim à austeridade. E isso não diz só respeito à Grécia, mas a todos os povos europeus", afirmou.

Apesar disso, Tsipras disse-se convencido de que, para além das "ameaças", há na Europa "forças que buscam uma solução", prometendo que a Grécia continuará a trabalhar para o conseguir, desde que não se trate de um acordo que não resolva o problema.

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