"Decisores políticos tendem a cometer pecados para encobrir erros"
Yanis Varoufakis compara as soluções europeias às chinesas na altura em que explodiu a crise financeira mundial, em 2008.
© Reuters
Economia Varoufakis
“Tal como Macbeth, os decisores políticos tendem a cometer novos pecados para encobrir os erros passados”. Assim começa o artigo de opinião de Yanis Varoufakis, ex-ministro das finanças grego, hoje publicado no Diário de Notícias.
No texto, Varoufakis compara as soluções adotadas pela Europa e pela China na altura em que explodiu a crise financeira mundial, em 2008, onde não deixa de referir que “a zona euro, composta por 19 democracias estabelecidas, fica atrás da maior economia não democrática do mundo”.
Analisando as reformas adotadas por um e por outro, o ex-ministro sintetiza: “Os responsáveis políticos da China passaram sete anos a substituir a procura decrescente por exportações do seu país por uma bolha de investimento interno”.
Admirando o modelo chinês, Varoufakis despreza as reformas europeias. “Comparado com a União Europeia, o esforço do governo chinês para corrigir os seus erros – acabando por permitir que as taxas de juro e os valores das ações deslizassem – parece ser um modelo de velocidade e eficiência”.´
Na verdade, "o fracassado programa de consolidação orçamental e de reformas” grego e a forma como os líderes europeus se agarraram a ele, apesar dos cinco anos de provas de que o programa não poderia nunca ter sucesso, "é sintomático de um fracasso mais alargado da governação europeia, um fracasso com raízes histórias profundas”, concluiu.
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