"Portugal é pequeno demais para perder inteligência e potencial"
Líder do grupo Peugeot Citroen vê com maus olhos a instabilidade na política portuguesa. Possibilidade de mudanças profundas no apoio às empresas preocupa Carlos Tavares, tal como a elevada dívida pública.
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Economia Carlos Tavares
Carlos Tavares não quer passar por mais um período de instabilidade política em Portugal. O CEO do Grupo Peugeot Citroen (PSA) está a ver com maus olhos uma possível mudança de liderança do país: "No interesse dos portugueses que sofreram ao longo desse período de crise, é necessário que haja uma certa estabilidade. Não que se diga que foi este ou aquele que ganhou".
"Mudar brutalmente de direção no momento preciso em que a melhoria está a aparecer pode não ser do interesse dos portugueses", disse o gestor português em entrevista ao Diário Económico, explicando a razão do pedido: "O ritmo de eleições é mais elevado do que as perspetivas de investimento das empresas. (…) Estamos a falar de uma perspetiva temporal na ordem dos nove a dez anos".
"Portugal é pequeno demais para se dar ao luxo de perder energia, inteligência e potencial em instabilidade governamental", avisa Carlos Tavares. O empresário salienta a importância da manutenção de uma política fiscal sólida, principalmente no que toca ao IRC e pede acordos entre partidos para garantir a estabilidade das decisões económicas.
O líder da Peugeot Citroen propõe mesmo uma proteção extra para os contribuintes: a introdução de um limite de dívida pública na Constituição. "Não temos autoridade para criar condições para que os nossos filhos e netos tenham de pagar a dívida da geração anterior", conclui Carlos Tavares.
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