Falência da Finpro obriga Estado, bancos e Amorim a fazer contas
Processo de liquidação deverá impedir credores de receber todo o dinheiro a que tinham direito. Venda de ativos pode compensar parcialmente a dívida.
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Economia Insolvência
A Finpro, empresa apoiada pelo Estado e por Américo Amorim, deverá custar vários milhões aos credores. No início deste mês, os investidores da empresa votaram por unanimidade a liquidação, mas nem a venda de todos os ativos deverá ser suficiente para compensar o 'buraco' criado pela falência.
De acordo com o Jornal de Negócios, a Finpro teria de recuperar 268 milhões de euros para compensar totalmente os credores, uma possibilidade remota tendo em conta a situação atual.
A companhia já acertou a venda da participação na espanhola TCB, o seu ativo mais valioso, mas o negócio com a APM Terminals não deverá cobrir o valor gasto originalmente na compra. Em 2007, a Finpro gastou 175 milhões de euros para adquirir 19,5% do capital do maior operador portuário espanhol.
O capital detido na Cartolinas do Prado está também à venda, mas o valor a receber deverá ser bem mais baixo do que no caso da TCB. Quanto à participação na Cory Environmental, uma das maiores empresas de gestão de resíduos sólidos do Reino Unido, o retorno será nulo: o capital foi adquirido através do Viking Consortium, empresa-veículo que está também em processo de liquidação, e por isso mesmo será dado como perdido.
Desaparecem assim mais 68,4 milhões de euros, que poderiam servir para diminuir as perdas da lista de credores, que inclui a CGD, BCP, Banif, Santander, BIC, Américo Amorim e o Fisco.
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