Projetos fotovoltaicos aguardam licença para quadruplicar potência
Os projetos de produção de energia fotovoltaica a aguardar licenciamento totalizam uma potência de 1.756MW, quatro vezes a capacidade instalada em Portugal, que se fica pelos 439MW, de acordo com dados da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).
© Reuters
Economia DGEG
Nos últimos cinco anos foram licenciados 2.867 MW de projetos para a produção de eletricidade a partir de fontes de energia renováveis, sobretudo hídrica e eólica, mas este panorama é bem distinto do atual, em que a maioria da capacidade em licenciamento é solar.
Dos 1.924MW de potência a aguardar luz verde para avançar, 1.756MW são para projetos fotovoltaicos, aparecendo a hídrica na segunda posição, com apenas 92MW. Seguem-se a térmica (26MW), a cogeração (25Mw) e a eólica 'offshore' (25MW).
O presidente da Associação de Energias Renováveis (APREN), António Sá da Costa, atribui este aumento do interesse na produção de eletricidade a partir de painéis fotovoltaicos ao "abaixamento do custo da produção de painéis, que baixou muito nos últimos anos, e pelo facto de Portugal ter um nível de insolação muito interessante para a produção de eletricidade".
À margem da conferência "O Futuro da Energia", promovida pela APREN, Sá da Costa diz ter "algumas dúvidas sobre a viabilidade de muitos desses projetos", referindo que nem sempre a sua concretização é tão simples como parece no mapa.
O responsável lembrou que, no Alentejo, por exemplo, região com melhores condições para receber as centrais fotovoltaicas, existem condicionantes de ordem ambiental.
Para Sá da Costa, "é muito importante que se desenvolva o setor fotovoltaico, como também é importante que se aproveite para trazer a fileira industrial, de fabrico, montagem e de operação do sistema".
Na sua intervenção, no início da conferência, o novo secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro, garantiu que "este Governo vai dar uma atenção muito especial ao licenciamento e também ao licenciamento nesta área".
O governante prometeu ainda "uma aposta nas energias renováveis", considerando que é "um desígnio nacional" por Portugal no "pelotão da frente" nesta área.
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