Presidente da Águas de Portugal vai explicar reestruturação ao parlamento
O presidente do grupo Águas de Portugal (AdP) vai explicar ao parlamento o processo da reestruturação do setor das águas, na sequência de um requerimento do PSD e do CDS-PP, aprovado hoje em comissão parlamentar.
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Economia ADP
O pedido de audição da AdP, solicitado pelo PSD e pelo CDS-PP, tinha sido enviado para a comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação, tendo sido hoje à tarde votado favoravelmente pelos restantes partidos, em reunião daquele órgão.
Em declarações à agência Lusa, a deputada social-democrata Berta Cabral, que integra aquela comissão, explicou que se pretende ouvir do presidente do grupo AdP, Afonso Lobato de Faria, um ponto de situação e um balanço da reestruturação que está a ser feita no setor das águas.
"Queremos saber quais têm sido as implicações, como decorreu e como está a decorrer este processo. Saber quais têm sido as consequências da reestruturação é tão importante para aqueles que defendem este processo como para aqueles que se opõem a ele", apontou a deputada social-democrata.
A reestruturação do setor das águas, levada a cabo pelo anterior Governo (PSD/CDS-PP), agregou sistemas de abastecimento de água em alta, fundindo 19 sistemas multimunicipais em apenas cinco empresas (Águas do Norte, Águas do Centro Litoral, Águas de Lisboa e Vale do Tejo e as já existentes Águas do Alentejo e Águas do Algarve).
No caso das Águas de Lisboa e Vale do Tejo, o sistema resulta da agregação da Águas do Zêzere e Coa, Águas do Centro, Águas do Oeste, Simtejo, Sanest, Simarsul, Águas do Norte Alentejano, Águas do Centro Alentejo, e passou a servir 86 municípios e uma população de 3,8 milhões de habitantes, numa área territorial correspondente a 33% do território continental.
No entender de Berta Cabral, aquilo que se irá concluir após a audição do presidente da AdP é que esta reestruturação foi importante para "assegurar a coesão territorial" e para baixar os custos das tarifas, sobretudo nos municípios do interior.
"Nós consideramos que foi uma reestruturação muito importante para o país porque houve uma redistribuição de custos que não oneram os mais pobres do interior, portanto houve aqui uma solidariedade inter-regional que é importante salvaguardar. Contudo, pretendemos aferir se os resultados e os objetivos que se pretendiam estão a ser atingidos", apontou.
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