"Promoção externa do país garante captação de investimento e talento"
A captação de investimentos e talentos estrangeiros para a economia portuguesa faz-se também na promoção externa do que Portugal tem de melhor, defendeu hoje em Lisboa o empresário Mário Ferreira, membro do Conselho de Curadores da FLAD.
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Economia FLAD
"Para captar talento, para captar investimento é preciso promover e mostrar aquilo que temos de bom para fora do país", disse à Lusa o empresário, que preside à Douro Azul e integra o Conselho de Curadores da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD).
Mário Ferreira falava à margem da apresentação de uma visita de estudo organizada no âmbito do programa 'Study in Portugal Network (SiPN-FLAD)', no auditório da FLAD, em Lisboa.
O SiPN (que é um programa de mobilidade académica da FLAD destinado a estudantes universitários norte-americanos, incluindo os lusodescendentes) organizou esta visita de estudo, que decorre entre hoje e 20 de janeiro, de 46 alunos e professores dos Estados Unidos com o objetivo dar a conhecer aos participantes as várias dimensões de Portugal.
Os alunos e professores norte-americanos que estarão presentes nesta visita de estudo a Portugal são da Universidade Johns Hopkins, da Universidade Rhode Island School of Design (RISD) e da Universidade de Rhode Island (URI).
"Esse tipo de iniciativas que possibilitam trazer sejam alunos, empresários, professores e mostrar Portugal, a nossa cultura, as oportunidades de negócios que aqui existem, pode ser muito positivo" em muitas vertentes, disse Mário Ferreira.
O empresário sublinhou que a iniciativa da FLAD pode estimular a atração pelo país, "pode captar cérebros, pessoas que achem alguma piada e interesse em Portugal e queiram cá ficar", possibilitando ainda futuros investimentos e parcerias para a economia portuguesa.
Da mesma opinião é o administrador executivo da FLAD e diretor do SiPN, Michael Baum, sublinhando ainda que os alunos do curso de mestrado em Gestão de Ciência da Universidade Johns Hopkins "vão estar em contacto e trabalhar com três 'startups' da zona da Grande Lisboa" além de uma extensa agenda de palestras e visitas.
Baum indicou ainda que um dos objetivos da FLAD é "o de aumentar cada vez mais a percentagem de alunos norte-americanos que escolhem Portugal como o seu destino académico", referindo que são muito poucos em relação outros estudantes provenientes, nomeadamente, da União Europeia e do Brasil.
"Os contactos a nível mundial são importantes. Eu desde os 16 anos comecei a viajar pelo mundo, consegui fazer muitas coisas e capitalizar muitas coisas, fruto dos grandes contactos a nível internacional", afirmou ainda Mário Ferreira.
O SiPN teve o seu início neste ano académico com algumas modalidades de cursos - como de verão e semestrais -, englobando 79 alunos neste primeiro ano, e conta com um consórcio inovador que abrange as principais universidades de Lisboa (Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Universidade Católica e ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa).
Nathan Sousa, um dos participantes da visita de estudo, é filho de pais portugueses (da região de Braga), que imigraram para os Estados Unidos há 25 anos.
O lusodescendente frequenta Comunicação nos Estados Unidos e disse que apesar de já conhecer Portugal, esta é "uma oportunidade de conhecer mais profundamente o país" nos seus mais diversos setores, mostrando-se entusiasmado com a iniciativa.
Hoje, na apresentação da visita de estudos, estiveram presentes também o embaixador Nuno Brito, representante permanente de Portugal na União Europeia.
Além dos três grupos provenientes do programa SiPN, estiveram presentes mais dois grupos de alunos: um da Universidade de Missouri-Kansas City (UMKC), que veio com o antigo embaixador dos EUA em Portugal, Allan Katz, e outro que incluiu alunos universitários refugiados da Síria, presentemente a estudar em Portugal, alguns dos quais através de apoio da FLAD.
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