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Arábia Saudita admite cotar em bolsa a empresa petrolífera estatal
A Arábia Saudita admite colocar a petrolífera Saudi Aramco na bolsa e vai tomar uma decisão nos próximos meses, declarou o ministro da Defesa, Mohammed bin Salman, à revista The Economist.
© Reuters
Economia The Economist
"Isso está a ser estudado", respondeu Mohammed bin Salman, um dos filhos do rei Salman, à questão de saber se é possível imaginar a venda de ações da Saudi Aramco. "Creio que é do interesse do mercado saudita e da Aramco", disse.
"Interessa porque aumenta a transparência e eliminar a corrupção, se houver, em torno da Aramco", acrescentou o príncipe, que é o segundo na ordem de sucessão do rei, de 79 anos.
"Pensamos que uma decisão vai ser tomada nos próximos meses", acrescentou, durante uma entrevista concedida em 04 de janeiro.
A empresa petrolífera Aramco, sigla de Arabian American Oil Company, gera a quase totalidade dos imensos recursos em hidrocarbonetos do reino, o que a torna uma as principais empresas petrolíferas mundiais.
O anúncio desta possibilidade foi feito quando os preços do petróleo estão em queda livre, num contexto de oferta excessiva, dada a procura, e de rivalidade entre sauditas e iranianos no Golfo Pérsico.
Hoje, o barril de petróleo de referência nos EUA, o West Texas Intermediate, chegou a cotar a 32,10 dólares, um mínimo desde 29 de dezembro de 2003, e o Brent, de referência na Europa, a 32,16 dólares, o preço mais baixo desde 07 de abril de 2004.
Esta baixa de preço afeta duramente a Arábia Saudita, que é um dos principais produtores mundiais.
Em 2015, o país registou um défice orçamental recorde de 89,2 mil milhões de euros, após uma descida do preço do barril de petróleo superior a 60% desde o verão de 2014. Riade anunciou inclusive um plano de austeridade.
Vários analistas porém entendem que Riade, baluarte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, tem responsabilidade na queda dos preços devido à sua insistência em defender partes de mercado, em vez de preços.
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