"Não sou financiada por dinheiro do Estado nem por fundos públicos"

Filha do presidente angolano rejeita influência do governo no império empresarial que detém. Numa entrevista ao Wall Street Journal, a empresária falou das averiguações de que está a ser alvo pela Comissão Europeia, da situação difícil em Angola e da luta pelo poder no BPI.

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Bruno Mourão com Elsa Pereira
29/02/2016 14:22 ‧ 29/02/2016 por Bruno Mourão com Elsa Pereira

Economia

Isabel dos Santos

Paragraph SCX221813125" xml:lang="PT-PT">Pela primeira vez desde há muito tempo, Isabel dos Santos abriu a porta da sua vida profissional para responder a perguntas dos meios de comunicação social. Numa entrevista concedida ao Wall Street Journal, a empresária angolana negou as acusações levantadas por cinco deputados no Parlamento Europeu e falou de alguns assuntos quentes, incluindo as polémicas em Portugal. 

A divisão de ativos angolanos no BPI foi um dos temas destacados pelo jornal norte-americano, que lembrou a baixa avaliação do Banco Fomento Angola (BFA) no negócio entre o BPI e Isabel dos Santos. O valor pago por mais uma fatia do BFA foi definido pela empresária como "justo", mas a falta de alternativas após o bloqueio do plano inicial deixou muitas dúvidas no ar. 

O negócio da Efacec está a levantar ainda mais questões: as ligações entre a Winterfell, holding de Isabel dos Santos que comprou a empresa portuguesa, e a empresa elétrica do Estado angolano motivaram um pedido de averiguações por parte de uma mão cheia de membros do Parlamento Europeu e levaram o Wall Street Journal a questionar a empresária sobre a relação com o pai, Eduardo dos Santos. 

"Ele é uma pessoa muito ocupada, eu sou uma pessoa muito ocupada", revelou a magnata, garantindo que poucas vezes vê o pai e não recebe qualquer ajuda extra nos negócios: "Não sou financiada por dinheiro do Estado nem por fundos públicos". "Não faço isso", reforça Isabel dos Santos. 

A empresária lembrou que "a situação económica em Angola hoje em dia é difícil", utilizando a queda do preço do petróleo como mais uma prova do afastamento entre as suas compras e o dinheiro do Estado de Angola. "Com o petróleo a perder valor, estamos a viver num aperto", conclui.

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