DECO alerta que baixa de juros pelo BCE pode ser "armadilha"
A DECO considera que o reforço das medidas monetárias pelo BCE, que deverá fazer baixar os juros dos depósitos para próximo de zero, pode representar "uma verdadeira armadilha" para os investidores, levando-os a arriscar as poupanças em produtos complexos.
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Economia Investidor
Segundo a informação hoje divulgada pela Proteste Investe, o aconselhamento financeiro daquela associação de defesa do consumidor, o cenário de juros muito baixos, nomeadamente nos depósitos, pode criar nos pequenos investidores "desilusão com o rendimento dos produtos tradicionais" e levar "à tomada de riscos inconscientes".
A DECO pede, assim, aos investidores que não se deixem "iludir" por produtos mais complexos que ofereçam melhores remunerações, avisando que o "risco pode ser muito elevado e estar disfarçado pela complexidade do produto", lembrando que "basta uma má decisão para pôr em risco todas as suas economias".
O fundamental, avisa a associação de defesa do consumidor, é que qualquer decisão que passe pela aposta em produtos mais complexos, como ações ou outros, seja tomada de forma consciente e avaliando os riscos.
A semana passada, o Conselho de Governadores do BCE decidiu cortar todas as suas taxas de juro, passando a taxa diretora para 0%, um novo mínimo histórico, e aumentando o valor que os bancos pagam para pôr dinheiro no banco central para 0,4%.
Frankfurt decidiu também alargar o programa de compra de dívida lançado há um ano abrindo-o a novas classes de ativos, como é o caso da dívida de empresas, e passou o volume mensal de 60 mil milhões de euros para 80 mil milhões de euros.
Este reforço da política monetária do BCE tem como objetivo principal impulsionar a inflação (em níveis historicamente baixos) e também estimular o investimento e, logo, a economia, esperando o BCE que os bancos concedam mais crédito já que os juros que pagam para ter acesso a liquidez são tão baixos.
Se poderá beneficiar os clientes de crédito bancário, esta política deverá ter também o efeito de prejudicar os depositantes, esperando-se uma descida das taxas de remuneração.
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