BPI: Santoro pede à CMVM que defina o preço de ações da OPA
O presidente da Santoro e vogal da administração do BPI, Mário Leite da Silva, propôs que seja um auditor independente a definir o preço por ação a pagar pelo CaixaBank no âmbito da Oferta Pública de Aquisição (OPA).
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Economia Auditoria
Na declaração de voto do relatório do Conselho de Administração do BPI sobre a OPA do CaixaBank, Mário Leite da Silva, representante da empresária angolana Isabel dos Santos, que controla a Santoro, escreve que "os documentos sobre os quais o conselho se pronuncia contêm um conjunto de vícios que prejudicam a sua análise e, em particular, que não são completos e objetivos em relação a vários temas essenciais para a perceção da oferta".
Por entender, entre outras razões, que o preço oferecido pelo CaixaBank "não é justo nem equitativo", Mário Leite da Silva refere que "a CMVM deverá proceder à nomeação de um auditor independente, a expensas do CaixaBank, para proceder à fixação da contrapartida mínima a oferecer na OPA".
"Gostaria ainda de informar o conselho que tenho conhecimento que nesta mesma data a Santoro Finance dirigiu à CMVM um requerimento com esse objetivo", acrescentou o presidente da Santoro.
Mário Leite da Silva realçou ainda que "deveria o conselho de administração do BPI ter emitido a sua opinião sobre matérias tão importantes e fundamentais como o destino dos projetos em curso em Angola e Moçambique e a falta de proximidade cultural do CaixaBank em relação a esses projetos", algo sobre o qual o relatório "é omisso".
O Conselho de Administração do BPI considerou, no relatório enviado hoje à CMVM, a OPA do CaixaBank como "oportuna" e entendeu que é "amigável" por ser proveniente de uma instituição com "grande credibilidade" e acionista desde 1995.
Em abril, o CaixaBank obteve a 'luz verde' da CMVM para lançar uma OPA sobre as ações do BPI que ainda não controla, oferecendo um preço de 1,113 euros por ação no anúncio preliminar da operação.
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