"Nunca rejeitarei ou abandonarei medidas do governo anterior"
O debate desta tarde no parlamento sobre o programa Simplex+ ficou marcado por críticas da oposição à reversão de políticas pelo Governo e pela garantia da ministra da Presidência de que as medidas do executivo anterior não serão rejeitadas.
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Economia Simplex
"Dizer que o Simplex não passa de mera continuidade ou de medidas já em curso é desconhecer no mínimo aquilo que, efetivamente, estava em curso. Não é o nosso caso. Reconhecemos e valorizamos o que encontramos, ao contrário do que aconteceu em 2011", afirmou a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques.
A ministra, que esta tarde participou num debate sobre o Simplex+, ouviu críticas das bancadas do PSD e do CDS ao programa, que conta com 255 medidas, e direcionou a sua intervenção final neste debate aos partidos que integraram o executivo anterior.
"Durante quatro anos não houve Simplex nem nenhum programa equivalente. Lamento dizê-lo. E, como sabem, nunca rejeitarei ou abandonarei as boas medidas do governo anterior", disse.
A ministra assinalou que "o Simplex é, antes de mais, uma mudança de cultura que exige continuidade e não pode ser feito tudo em seis meses, nem provavelmente num ano, nem em dois, nem em quatro" e insistiu que o programa "não são ideias vagas, guiões sobre o funcionamento dos serviços públicos, mas um objetivo claro e detalhado com metas mensuráveis".
A intervenção de Maria Manuel Leitão Marques sucedeu à do PSD que, pela voz da ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, acusou o Governo de António Costa de adotar uma "estratégia de não deixar pedra sobre pedra".
"Tenho muito pouca esperança. (...) Tantos sacrifícios que fizemos para agora serem tão levianamente desperdiçados", afirmou Maria Luís Albuquerque.
Na mesma linha de críticas, a deputada do CDS Cecília Meireles afirmou: "A reforma do Estado é mais do que isto".
A deputada acrescentou que para o atual Governo "aquilo que tem de acontecer é ficar tudo na mesma", sem se tocar na estrutura do Estado.
Perante estas críticas, o deputado do Bloco de Esquerda Pedro Filipe Soares considerou que "PSD e CDS tiveram um legado de quatro anos a destruir o Estado e a vida das pessoas".
E ironizou: "Nem este Governo vem dizer que inventou a roda, nem que a História começou quando ele tomou posse".
Já o PCP manifestou concordância com o executivo face às medidas que constam no programa, mas alertou para a necessidade de preservar a defesa dos dados pessoais e privados dos cidadãos que poderão ficar expostos, uma vez que muitos serviços funcionam online.
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