"Dívida pública elevadíssima é um garrote ao crescimento"
Bagão Félix comenta estimativas da OCDE para Portugal e deixa um conselho: “Fundos estruturais têm de ser aproveitados de uma maneira muito eficiente”.
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Economia Bagão Félix
A OCDE divulgou hoje a sua estimativa do défice para 2016, apontando 2,9% do PIB como valor de referência, e anunciou que as medidas previstas pelo Executivo podem não ser suficientes para alcançar os objetivos a que se propôs.
Para Bagão Félix, a razão para o modesto crescimento passa não só pelo “decréscimo do investimento, que é a base para a formação de riqueza, como pelo crescimento bastante modesto das exportações”.
“O crescimento baseou-se sobretudo no consumo privado, com destaque para os bens duradouros, como é o caso dos automóveis”, exemplificou o comentador, na antena da SIC Notícias.
Assim sendo, Bagão Félix concorda com a ótica da OCDE, “porque uma ótica de crescimento baseada excessivamente no consumo privado tem como contrapartida o aumento das importações”.
Tendo em conta que “quando se aumenta o rendimento disponível, as famílias ou gastam mais, ou poupam mais ou pagam as dívidas, tal não significa só por si um aumento do consumo privado”.
Já no que toca às previsões do défice, entende o antigo ministro das Finanças que “a dívida pública elevadíssima do país é um garrote sobre o crescimento”.
Há, contudo, uma oportunidade que deve ser aproveitada: “Os fundos estruturais dos próximos anos têm de ser aproveitados de uma maneira muito eficiente”.
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